No final de março existiam em Portugal 4,5 milhões de clientes dos serviços de telefone fixo, em acesso direto, mais 4,7 mil do que nos primeiros três meses do ano anterior. O número representa o menor crescimento desde 2008, uma tendência que tem um reflexo ainda maior no número de acessos telefónicos principais, que se fixou nos 5,5 milhões, menos 3,4 mil do que no trimestre homólogo. Segundo a Anacom, que compila os dados, esta foi a primeira diminuição desde 2014.

Os acessos suportados em redes de nova geração (FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo), representaram 94,2% do total, aumentando ainda mais o seu peso relativo nesta amostra (em 1,6 pontos percentuais). Do lado oposto, os acessos analógicos continuaram a cair e passaram a representar apenas 3,1% do total, depois de recuarem 27,7% no período.

Os dados mostram ainda que nos primeiros três meses do ano, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,7 acessos por 100 habitantes. A taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais ficou nos 90,4 por cada 100 agregados domésticos privados.

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Sem surpresas, no período em análise o volume de minutos originado na rede fixa diminuiu 10,6% em relação ao trimestre homólogo. O tráfego fixo-fixo foi aquele que mais recuou (17,7%). Em média, cada português falou ao telefone 35 minutos por mês, 20 minutos para outros números fixos, 8 minutos para telemóveis e 1 minuto para números noutros países.

Nos três primeiros meses do ano foram portados 33,4 mil números de telefone fixos geográficos e 106 não geográficos, aumentando para 1,9 milhões a quantidade de números geográficos já portados e para 19,5 mil os números não geográficos portados.

Por empresas, a MEO mantém a maior quota de mercado, 41,9%. Seguem-se a NOS com 34,1%, a Vodafone com 21,2% e o Grupo DIGI/NOWO com 2,3%.