2009 será um ano de abrandamento para o mercado de telemóveis. A diminuição do ritmo de crescimento das vendas nesta área já era uma suspeita e à medida que se aproxima o final do ano parece tornar-se uma certeza, com um número cada vez mais significativo de previsões a apontar nesse sentido.

Depois do Gartner e da IDC o referirem, há também previsões de várias casas de investimento a apontar no mesmo sentido. Todos defendem que o abrandamento económico e os receios dos consumidores quanto ao futuro são as principais razões para a queda das vendas.

Espera-se que a Europa esteja à cabeça nesta postura de cautela, mas também nos Estados Unidos é de esperar uma diminuição das vendas em 2009 e até na China é espectável um abrandamento.
Nos mercados maduros como o europeu a tendência é no fundo para alargar os ciclos de substituição dos equipamentos, permanecendo mais tempo com o mesmo telefone.

A Reuters ouviu a UBS que reviu em baixa as estimativas de crescimento dos telemóveis em 2009 de 6 para 3 por cento, sublinhando o impacto das quebras em mercados como o americano e o europeu.
Já a JPMorgan alterou as suas projecções de 8,1 para 6,1 por cento, sublinhando também uma previsível diminuição das vendas na Europa e na China.

As empresas também antecipam dificuldades para os principais fabricantes ao nível da manutenção da quota de mercado. Segundo as previsões Nokia e Motorola serão as mais pressionadas. A primeira pela generalizada falta de confiança dos utilizadores e a segunda confirmando uma tendência que já é notória desde o início de 2007, graças à competitividade dos principais concorrentes.