A Nokia Portugal garantiu hoje em conferência de imprensa que não sentiu qualquer quebra de vendas no início deste ano, tendo pelo contrário referenciado uma ligeira subida na sua já significativa quota de mercado. Os números apresentados pelo director-geral, Alessandro Mondini Branzi, referem-se a um estudo da GFK marketing services, uma consultora que mantém em Portugal um painel dirigido a cerca de 75 produtos de 7 sectores, cobrindo cerca de 65 por cento do mercado.

O mercado português contraria assim uma tendência de quebra da quota de mercado da Nokia no primeiro trimestre, já assumida pela fabricante finlandesa nos números recentemente revelados. O director-geral da Nokia Portugal admite que a empresa está na melhor posição para ser bem sucedida em Portugal, contando com uma equipa única em termos de capacidade dos funcionários, relações com os parceiros e rede de vendas, assim como na oferta de equipamentos.

A empresa aproveitou ainda para mostrar o novo portfólio de produtos, já apresentados no início da semana pela casa mãe, com o qual pretende recuperar a quota de mercado entretanto perdida em alguns países. Dentro da nova oferta incluem-se 5 telemóveis e dois acessórios, com datas de disponibilização ao público entre Setembro e o último trimestre do ano.

Os novos modelos apostam em características que até agora estavam excluídas da gama baixa, como os ecrãs a cores, e também no formato concha, no qual a Nokia começou a apostar para as várias gamas da sua oferta. Exemplo disso mesmo é o novo Nokia 6260, em formato de concha, que oferece uma grande flexibilidade em termos de manuseamento da componente do ecrã, que pode ser torcida e virada para o tipo de visualização e captura de imagem que mais convier ao utilizador.

Entre os novos produtos conta-se também mais um telemóvel 3G que se junta ao 7600, já presente na oferta da Optimus e da TMN. O novo Nokia 6630 estará à venda em Outubro e tem um preço indicativo de 500 euros, sendo vendido com um acessório que permite ao utilizador a videoconferência, o Nokia PT-8.

Nenhum dos telemóveis até agora apresentados pela Nokia integra funções de videochamada, uma das características mais promovidas pelos operadores como uma funcionalidade chave no 3G. Alessandro Mondini Branzi desvalorizou esse facto e diz que a Nokia quer avançar de uma forma responsável nesta área, preferindo para já oferecer aos seus clientes um telemóvel semelhante aos terminais actuais do GSM, e não equipamentos com problemas de bateria, tamanho e funcionalidades que possam ser desfavoráveis na comparação do utilizador.

“Esta não é uma posição defensiva da Nokia, para evitar o risco, mas uma posição honesta”, explicou em conferência de imprensa o director-geral da Nokia Portugal. Alessandro Mondini Branzi acredita que a videochamada terá acessível em termos de qualidade, preço e equipamentos que a suportam no início de 2005 e que nessa altura a Nokia terá uma oferta nesse sentido.

Miguel Duarte Pedro, gestor de tecnologias e produto da Nokia Portugal, acrescentou ainda que há estudos que mostram que a a videochamada não é a killer aplication do 3G, mas é preciso esperar mais alguns meses para ver a reacção dos utilizadores portugueses a esta tecnologia.



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