O presidente do executivo da Nokia, Jorma Ollila, afirma
estar confiante no sucesso da criação de
standards abertos, de modo a assegurar que os
fabricantes de telémoveis e fornecedores de
serviços de todo o mundo trabalhem em parceria.
Este mesmo responsável tinha anunciado na semana
passada uma estratégia de cooperação apoiada
pelos fabricantes e operadores de
telecomunicações, onde se incluiam a Motorola e a Vodafone, e que tem como
objectivo a normalização da tecnologia de modo
a facilitar o desenvolvimento de serviços
inovadores, especialmente, aqueles que se
dirigirem ao mercado da internet móvel.



Depois de anos de crescimento, a indústria de telemóveis depara-se este ano com uma nova contigência na área de vendas. De acordo com afirmações do presidente da Nokia, no ano passado foram vendidos 410 milhões de equipamentos e este ano esse número não deve ultrapassar os 390 milhões.





A pressão do mercado é agora maior no sentido de criar uma maior apetência para a substituição dos equipamentos por terminais mais avançados, ao mesmo tempo que a introdução da tecnologia GPRS se torna mais premente, depois do adiamento da terceira geração móvel (3G) e do falhanço do WAP. O mercado espera que as novas tecnologia e os novos serviços associados possam assim reanimar as vendas.





Segundo Jorma Ollila em afirmações à Reuters, as
empresas deverão unir esforços para que este não
se transforme num mercado fragmentado, e
benificie das economias de escala e volume.
"Todos gostariam de ser os primeiros a introduzir
uma aplicação fenomenal, mas isso só levaria ao
enfraquecimento do mercado e da
inter-operabilidade", explica.



A nova
plataforma de envio e recepção de mensagens,
imagens e áudio via telefone, o
Multimedia Messaging Service (MMS), deverá estar a funcionar já no próximo ano
devendo vários fabricantes apresentar os seus
equipamentos MMS também por esta altura.



A Nokia irá lançar o seu primeiro telemóvel MMS
no segundo trimestre de 2002 na Europa e na Ásia.
O modelo 7650, terá um ecrã a cores e uma câmara
incorporada, e espera-se que dê o pontapé de
saída no mercado da Internet móvel.



Como parte da iniciativa de normas abertas, a
Nokia espera vender a sua plataforma de software
para smartphones aos seus rivais, muitos
dos quais estão a sofrer as consequências da má
situação económica actual. Desta forma, outras
empresas poderão desenvolver programas para esta
plataforma.



Numa clara orientação para valorizar mais o software do que os terminais móveis, a Nokia está também a desenvolver outras iniciativas, como a criação de um marketplace para os utilizadores do telemóvel Nokia 9210
Communicator, através do
qual podem efectuar o
donwload de aplicações desenvolvidas por
outras empresas e que correm no sistema operativo
Symbian. Ao mesmo tempo a empresa licencia o seu browser de Internet para telefones móveis a outros fabricantes, nomeadamente a Samsung.



Devido a todas estas movimentações estratégicas
por parte da Nokia, alguns analistas levantaram a
hipótese desta se querer transformar na Microsoft
do mundo móvel, mas Jorma Ollila garantiu à
Reuters que a estratégia adoptada pela empresa
não quer dizer que esta tenha quaisquer intenções
de abandonar o mercado dos telefones e redes.



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