A plataforma móvel Symbian nasceu num consórcio de empresas. Anos depois a empresa que geria os desenvolvimentos passou a ser totalmente controlada pela Nokia - que já era a maior accionista - e mais tarde os activos foram entregues à Symbian Foundation.



Hoje a fundação comunicou que o modelo de negócio que tem vindo a operar deixou de fazer sentido, nas actuais condições de mercado, e que a partir de Março do próximo ano deixa as funções de coordenação do desenvolvimento daquele software para se focar no licenciamento de software e de propriedade intelectual, como a própria marca. A Nokia volta a assumir o comando das operações, garantindo a continuidade das actualizações do software.



A organização explica mais esta mudança de estratégia dizendo que a actual estrutura de governação da plataforma Symbian "deixou de ser a apropriada". Explica-se ainda que a volatilidade da economia "ditou uma mudança de foco para alguns dos administradores fundadores da Fundação".



Fica a garantia de que a plataforma irá manter-se open source, um passo dado já dentro da Fundação, com a Nokia a garantir que está a trabalhar num "modelo aberto alternativo". O primeiro passo do processo de transição da estrutura de comando da plataforma Symbian será a redução de membros e operações da fundação, embora ambas as partes garantam que uma coordenação de esforços vai suavizar a transição.



Embora assegure a continuidade do sistema operativo móvel, a própria Nokia tem diversificado as suas apostas nesta área, procurando multiplicar as hipóteses de se destacar entre a concorrência. O Megoo, que resulta de uma parceria com a Intel é o exemplo mais flagrante.



Contudo, a empresa garante que o Symbian continua a ser para si uma aposta central e adianta que estima vender 50 milhões de dispositivos com a mais recente versão do software que suporta o Nokia N8, o Nokia C7 e outros modelos já em comercialização, bem como outros ainda não lançados, como o E7.