António Coimbra, Administrador da Vodafone Portugal, é o novo presidente da Apritel, a associação dos operadores de telecomunicações, liderando os novos órgãos sociais que ontem viram o seu Plano de Actividades aprovado. A nova direcção da Associação promete manter as linhas de acção da anterior direcção, cujo presidente era Pedro Norton de Matos, membro da administração da Oni, defendendo as posições dos associados.



A direcção agora eleita da associação exclui a Portugal Telecom, operador incumbente em Portugal. António Coimbra explica que foi entretenimento da direcção não convidar a PT a fazer parte dos órgãos sociais, embora seja desejo da Apritel que a empresa continue a participar nos trabalhos realizados em áreas onde existem interesses comuns.



"A PT tem interesses diferentes dos outros associados", explica o novo presidente, "a experiência mostrou não haver contributo positivo [na participação da PT na direcção]", justifica, indicando que o facto da empresa não fazer parte da direcção dá maior liberdade e retira alguns constrangimentos nas tomadas de posição.



Pedro Norton de Matos, que agora abandona a direcção da Apritel depois de dois anos de mandato, explica que durante o biénio em que liderou a associação foram tomadas muitas vezes "posições descafeinadas", muitas vezes por delicadeza tendo em atenção que a PT fazia parte da direcção.



Para o novo biénio que agora se inicia, a administração da Apritel definiu como prioridades a aproximação de Portugal às melhores práticas europeias, considerando que só desta forma podemos dar o salto, e não continuando na média. António Coimbra referiu que existem já em Portugal muito bons exemplos na área das telecomunicações mas existe ainda muito trabalho a fazer em diversas áreas.



Entre as medidas a promover pela Apritel contam-se ainda a revisão das condições técnicas e económicas de acesso à rede básica das telecomunicações, a adopção de medidas estruturais como a eventual alienação por parte do incumbente da rede de cabo ou a separação estrutural das actividade grossista e retalhista.



A associação pretende ainda promover uma série de estudos comparativos do sector no âmbito da União europeia, assim como o apuramento de uma série de indicadores sobre a satisfação dos clientes, entre outros, considerando não existir actualmente o conjunto adequado de indicadores necessários.

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