Depois de terminado o prazo de candidaturas a 9 de agosto para mais uma edição dos Projetos Mobilizadores, a Agência Nacional de Inovação (ANI) divulga o número de candidaturas submetidas, 26. Estas "são para a execução de projetos cuja dotação orçamental ascende a 77 milhões de euros”.
De todas as candidaturas, as que pretendem criar soluções na área das Tecnologias de Informação e Comunicação estão em maioria, 17, e 12 chegam a indicar esta temática como a sua principal área de atuação. Seguem-se a área da Tecnologia dos Materiais, com 11 candidaturas, e a da Automação e Robótica, com oito. As outras duas áreas tecnológicas de maior incidência são a Eletrónica e Instrumentação e a Energia, com sete e seis candidaturas cada.
No comunicado enviado às redações esta terça-feira, a ANI explica que, no total, estão envolvidos 518 promotores, o que significa uma média de 20 por projeto, que esperam investir 211,7 milhões de euros, requerendo incentivos no valor de 134,8 milhões. Do total de investimento necessário, mais de metade localiza-se no norte do país e cerca de 23,5% destinam-se ao desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos no centro de Portugal, 17,5% em Lisboa e os restantes 3,4% no sul.
Quanto à "classificação" dos participantes, mais de 54% das entidades são empresas, a maioria pequenas e médias empresas (44%), 20,7% são entidades do ensino superior, 18,5% centros de interface e 1,4% laboratórios colaborativos. E esta distribuição demonstra "a relação cada vez mais estreita entre entidades de investigação científica e tecnológica e empresas através de projetos que envolvem equipas multidisciplinares", observa a ANI.
Em comunicado, o presidente da ANI mostra-se muito satisfeito com a edição de 2016. "Esta colaboração de especialistas oriundos de diferentes entidades de um mesmo setor é fundamental para gerar massa crítica e valor acrescentado, com real impacto na competitividade e internacionalização da economia”, afirma Eduardo Maldonado.
Hoje em dia são 14 os projetos mobilizadores em curso, envolvendo um investimento público de 71,2 milhões de euros. Como objetivos, estes projetos pretendem estimular a transferência de conhecimento para o mercado em áreas como a indústria 4.0, o agroalimentar, calçado e telecomunicações e abrangem consórcios com um total de 375 promotores.
Um projeto português de I&D na área dos media, o desenvolvimento do primeiro satélite português totalmente concebido e construído em Portugal, soluções para a Indústria de Futuro ou a implementação do 5G no país são alguns dos 14 Projetos Mobilizadores.
A iniciativa pretende apoiar a I&D colaborativa gerida pela ANI e destina-se ao desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos com elevado impacto nas cadeias de valor de setores prioritários para a economia.
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