Através do Sistema de Monitorização Remota de Pessoas com Diabetes, os utentes da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) podem fornecer os valores, que estão obrigados a medir com frequência, através de uma chamada de voz ou enviando uma SMS ou um email.

Esta informação entra automaticamente no sistema da APDP, permitindo que, a partir de qualquer local, através da Internet e de modo contínuo, o enfermeiro ou médico de serviço possa aceder ao historial do registo de doses de insulina e de medições de glicemia do utente, para verificar se os valores estão dentro do esperado.

Quando os valores estão dentro dos parâmetros, os doentes recebem uma mensagem automática a informa-los que está tudo bem, quando estão fora dos parâmetros ideais, o profissional de saúde é imediatamente informado e entra em contacto telefónico com o doente.

A entrada em funcionamento da plataforma, que durante o último ano esteve em testes com o grupo de utilizadores portadores de bomba de insulina, vem sobretudo aumentar a qualidade do acompanhamento da doença, por "permitir uma interacção contínua e mais eficiente entre os utentes e os profissionais de saúde da APDP", referiu João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, durante a conferência de imprensa onde o projecto foi apresentado.

Desenvolvido de raiz pela Fundação Vodafone Portugal, em parceria com a APDP, o Sistema de Monitorização Remota de Pessoas com Diabetes poderá vir a ter outras valências, "nomeadamente quando as bombas de insulina comunicarem via GSM, quem sabe", sugeriu António Carrapatoso.

O actual presidente da Fundação Vodafone Portugal elogiou a plataforma agora em funcionamento, sublinhando que é o tipo de soluções que Portugal, com o seu know how em telecomunicações, pode desenvolver e exportar para outros países.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico