
De acordo com novos dados da ANACOM, no último trimestre de 2024, foram realizados cerca de 152 mil testes à velocidade dos acessos à Internet através da ferramenta NET.mede. O valor representa uma subida de 42% em comparação com o trimestre anterior, assim como uma diminuição de 1% face ao mesmo período em 2023.
Durante o período em análise, a velocidade média de download rondou 204 Mbps ou mais nos acessos fixos residenciais e 24 Mbps ou mais nos acessos móveis. Já no que toca à velocidade de upload, a média é de 100 Mbps ou mais nos acessos fixos residenciais e 10 Mbps ou mais nos acessos móveis. Registou-se também uma latência média de 12 milissegundos ou menos nos acessos fixos residenciais e 33 milissegundos ou menos nos acessos móveis.

A entidade reguladora avança que, este trimestre, "os resultados medianos associados aos acessos móveis são semelhantes, quer se considerem somente os testes realizados na app ou somente os testes realizados a partir de outros tipos de ligação".
Em comparação com o mesmo período em 2023 registaram-se melhorias na velocidade de download (+30%) e no upload (+6%) dos acessos fixos residenciais. A velocidade de download também melhorou (+35%) nos acessos móveis, porém, piorou no que respeita à velocidade de upload (-2%). A latência diminuiu 8% nos acessos fixos residenciais e em 6% nos acessos móveis.
Segundo a ANACOM, esta evolução poderá refletir, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas.
Olhando para o número de testes realizados no último trimestre de 2024, cerca de 57% foram através de acessos fixos residenciais e 30% de acessos móveis.
Os dados indicam que os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. Por outro lado, no caso dos acessos móveis, o período com maior número de testes foi entre as 15 e as 21 horas, "tendo variado face aos trimestres anteriores, nos quais as 11 horas apresentavam um número de testes relevantes", afirma a ANACOM.
No último trimestre do ano passado, seis concelhos não registaram testes em acessos fixos residenciais, num total de 308 concelhos do país. No caso dos acessos móveis, 14 concelhos não registaram testes.
A entidade reguladora detalha também que a NUTS II Norte foi a região onde se verificou um maior número de testes em acessos fixos residenciais e em acessos móveis. O concelho com o maior número de testes foi Lisboa, independentemente do tipo de acesso.
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