Josep Piqué, o novo ministro da Ciência e Tecnologia de Espanha, afirmou que o governo espanhol irá flexibilizar o prazo para a implementação da telefonia móvel de terceira geração, ou UMTS. Os governantes esperam ainda contar com uma nova Lei das Telecomunicações antes de 2003.



O ministro - que substituiu Anna Birules há poucas semanas - considerou que o sistema UMTS é inevitável e admitiu que o Governo do país vizinho "está a negociar um novo calendário mais realista para aplicar uma tecnologia que será crucial para o desenvolvimento futuro do sector", numa entrevista à agência de informação EFE citada pela publicação online Expansión Directo.



Segundo Piqué, a postura do Governo nestas negociações será a de "máxima flexibilidade com vista a acordar um novo prazo-limite". As operadoras espanholas detentoras de licenças UMTS - Telefónica, Vodafone, Amena e Xfera - tinham previsto investir no total mais de 14,4 mil milhões de euros que estavam avalizados - garantidos com aval - com 2,65 mil milhões de euros sob o compromisso de que as empresas deveriam abrir as suas redes em Junho deste ano. Contudo, o atraso tecnológico fez com que fossem efectuadas várias alterações nos prazos de lançamento do UMTS.



Na opinião do ministro, um dos principais problemas do sector das telecomunicações móveis na Europa reside no facto de se ter investido demasiado, em parte devido às grandes expectativas que se geraram ao redor do UMTS.



Piqué afirmou ainda que quer efectuar uma série de medidas liberalizadoras que permitam flexibilizar o mercado das telecomunicações e que "serão acordadas com os agentes do sector".



Um dos principais objectivos do governante é a concepção de uma Lei das Telecomunicações que, na sua opinião, deverá ser aprovada até ao fim do ano, transpondo desta forma para a legislação espanhola os princípios do Direito Comunitário.


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