A preparação do “projeto” de apoio à rede do Web Summit começou há vários meses e envolve uma equipa de mais de 160 pessoas da Altice, em conjugação com a Cisco que fornece equipamentos e também know how. Sandra Perdigão Neves, diretora de operações de negócio da Altice, explicou ao SAPO TEK que esta é uma das maiores operações da unidade que está especializada em grandes eventos e que já garantiu a rede da Eurovisão e todos os anos faz o MEO Sudoeste. São todos grande eventos, mas o Web Summit é especial pela ligação de cerca de 70 mil pessoas, com vários dispositivos, todas ligadas em simultâneo e com necessidade (e exigência!) de alto débito.
A qualidade da rede móvel, e do Wi-Fi, foi referida desde o primeiro ano por Paddy Cosgrave como um dos fatores de qualidade essenciais para o Web Summit, e já foi apontada como uma das razões para manter a conferência em Portugal nos próximos 10 anos.
Um balanço feito hoje ao meio dia mostra que já se ligaram à rede 70 mil utilizadores, e que o tráfego ultrapassou os 25 terabytes, com mais de 2,7 milhões de sessões únicas. Os números são impressionantes e ultrapassam em muito os da edição de 2017, mas já eram esperados, até porque a evolução se sente a nível geral na sociedade.
Quem frequenta conferências internacionais sabe que apesar da evolução da tecnologia é sempre difícil ter qualidade de rede, e ninguém percebe bem porquê. “A tecnologia está disponível em todo o mundo. A diferença é a qualidade das equipas portuguesas”, afirma Sandra Neves.
Estivemos dentro da “War Room”, a sala onde é controlada toda a rede na FIL, e que replica as valências da Sala de Controlo que existe em Picoas, e que trabalha em sintonia com esta instalação temporária, que tem o pico de trabalho nos quatro dias da cimeira de tecnologia e empreendedorismo. Tudo é acompanhado de forma permanente, 24 horas por dia, e existem ainda elementos operacionais nos pavilhões e na Altice Arena para qualquer configuração ou ligação adicional.
Para suportar todas as comunicações, a equipa da Altice montou no Web Summit duas redes, uma de 5 GHz e uma de 2,4 GHZ, porque é preciso suportar os equipamentos mais antigos que ainda não usam a norma mais avançada. São 35 Km de cabo de rede UTP, 2 km de fibra óptica, e só no Altice Arena estão instalados 240 Access Points Cisco, 30 Switches e quatro acessos de fibra óptica. Na Fil, onde estão a exposição e alguns palcos de conferências, há 450 Access Points, 3.500 pontos de rede cablada e 150 Switches da Cisco.
E porque proibiram os Hotspots, como ficou claro numa mensagem que todos os participantes receberam na app? Sandra Neves explica que foi para evitar a “poluição da rede” que iria degradar a experiência para todos os utilizadores.
Ainda sem querer falar em sucesso, porque falta “meio evento” e quer ser cautelosa, a responsável da equipa garante que foram criadas todas as redundâncias necessárias para evitar quebras e indisponibilidade da rede. E se acontecerem falhas serão limitadas ou causadas por uma sucessão de eventos. “O que posso dizer é que a rede suporta as expectativas dos 70 mil participantes”, explica.
Amanhã será feito um novo balanço e tudo indica que os números voltarão a surpreender.
O Web Summit vai durar até dia 8 e que tem 25 conferências dentro da cimeira, vários palcos e centenas de oradores que o SAPO TEK vai acompanhar intensamente e que trará muitas notícias e imagens do nosso diário do Web Summit. Acompanhe as novidades connosco.
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