Quatro meses após o lançamento do iPhone nos Estados Unidos, chega a vez da Europa receber o telemóvel mais falado do momento. O primeiro país a receber o equipamento foi a Alemanha - à meia-noite de hoje - seguido do Reino Unido que abre as portas das lojas O2 e Carphone às 18.02h para iniciar as vendas do telemóvel da Apple.



Depois destes dois países é a vez da França receber o iPhone. As vendas neste caso começam dia 29 deste mês, pela mão da Orange.



O preço do equipamento em solo britânico fixa-se nos 385 euros, com um contrato de fidelização de um ano e meio que obriga ao pagamento de uma tarifa mínima mensal de 50 euros e máxima de 79 euros, dependendo do número de minutos de conversação e SMS incluídas no pacote escolhido pelo utilizador. No final do contrato, o cliente acaba por pagar, no mínimo, 1285 euros pelo iPhone.



Na Alemanha e em França o preço do iPhone fixa-se nos 399 euros embora a legislação francesa obrigue a Orange a vender um modelo livre de operador.



Apesar do mediatismo em torno do equipamento da Apple, a verdade é que o mercado europeu está longe de igualar a expectativa registada com o início das vendas do telemóvel nos Estados Unidos. Esta madrugada eram cerca de três centenas as pessoas que aguardavam a abertura das lojas para comprar o iPhone. O mesmo não aconteceu em Junho nos Estados Unidos. Nessa altura a afluência às lojas foi bastante superior havendo quem optasse por dormir à porta dos estabelecimentos para não deixar escapar a oportunidade de adquirir um iPhone em primeira-mão.



Os analistas de mercado acreditam que o impacto do iPhone na Europa será momentâneo e não "terá impacto a longo prazo", refere Steven Hartley, da consultora Ovum, citado pela imprensa internacional. Apesar da Apple definir o produto como uma combinação perfeita de "três produtos em um: telemóvel, iPod com controlos tácteis e um revolucionário dispositivo de comunicação através da Internet com correio electrónico, à altura de um computador", a verdade é que o iPhone falha noutros aspectos importantes para o mercado europeu.



Um dos pontos fracos do equipamento é o facto de não ser um telemóvel 3G. A Apple explica que o iPhone não utiliza 3G porque precisava de prolongar a longevidade da bateria. Este é outro ponto negativo no telemóvel, porque caso a bateria do equipamento avarie o utilizador não pode adquirir uma nova numa loja da especialidade. Ao invés disso, terá de enviar o equipamento para a fabricante para que esta efectue a substituição do dispositivo.



Mesmo assim, e para conquistar o público, a O2 fechou um acordo com a The Cloud para que os clientes possam ligar-se a redes wi-fi a partir do telemóvel em mais de 4,3 mil pontos de ligação de banda larga no Reino Unido.



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