
Os investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) vão integrar o desenvolvimento de uma nova plataforma que vai permitir detetar fraudes nas redes 5G.
Com um financiamento de 1,8 milhões de euros por fundos da União Europeia, o projeto AIDA (Adaptive, Intelligent and Distributed Assurance Platform) passa por atualizar a plataforma de gestão de risco RAID desenvolvida pela norte-americana Mobileum, tornando-a compatível com a quinta geração de redes móveis. Ao todo, espera-se que esteja concluído em novembro de 2022.
Em comunicado, Ricardo Vilaça, investigador do INESC TEC, explica que o projeto vai “dar resposta às necessidades das operadoras de telecomunicações”, permitindo detetar fraudes “de forma preventiva e em tempo real”
Para acompanhar “o ritmo mais dinâmico de aprovisionamento de capacidade de rede requisitada pela indústria” gerado pela chegada do 5G, o responsável pelo projeto indica que a nova versão da RAID vai basear-se em computação periférica e inteligência artificial.
Os protocolos desenvolvidos vão abrir novas possibilidades de utilização no setor industrial, promovendo o uso do poder computacional para a tomada de decisões em tempo real em áreas como “indústria automóvel, realidade aumentada, distribuição de conteúdo 8K ou gaming com capacidades imersivas”, detalha Ricardo Vilaça.
No entanto, existem dois grandes desafios: a privacidade dos dados e a segurança da nova versão da plataforma. Assim, os investigadores terão de dispersar os dados e comunicá-los em diferentes níveis de confidencialidade. O processo obriga ao desenvolvimento de protocolos seguros de comunicação e encriptação das informações sensíveis que não percam as características essenciais à execução de modelos de aprendizagem automática.
O INESC TEC avança também que a captura de informação e a localização dos dados obriga à “adoção do suporte da execução de modelos de aprendizagem automática de forma federada e distribuída, ao contrário da centralização utilizada atualmente”.
Além do INESC TEC, o projeto liderado pela Mobileum e selecionado no âmbito da iniciativa Go Portugal do Programa CMU Portugal conta com a colaboração de investigadores da Universidade de Coimbra e da Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos da América.
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