Foi ainda tomada pela Administração Trump, a decisão de remover das redes de telecomunicações nos Estados Unidos tecnologia de qualquer empresa considerada uma ameaça para a segurança nacional.
As primeiras empresas a entrar na lista foram a Huawei e a ZTE, dois fornecedores importantes de soluções de telecomunicações a nível global e também nos Estados Unidos, e para facilitar o cumprimento da decisão foi aprovado um programa de financiamento de suporte à transição para tecnologias de outros fabricantes.
De acordo com os primeiros cálculos, a medida custaria um pouco menos de dois mil milhões de dólares, mas os números finais são bem maiores. As 181 candidaturas ao programa que vai apoiar financeiramente a remoção e substituição de tecnologia das empresas chinesas por outras, encerraram no dia 28 de janeiro e a soma dos pedidos de apoio chega aos 5,6 mil milhões de dólares.
O valor vai muito além da verba disponível. O regulador das comunicações do país, a FCC (Federal Communications Commission), já garantiu que o assunto vai ser levado ao Congresso, para que sejam garantidas condições para cumprir a decisão.
Recorde-se que a decisão de 2019 que levou a esta proibição começou com a votação unânime na FCC de vedar os recursos do fundo para o desenvolvimento do serviço universal, à compra de equipamentos de rede e tecnologia de empresas consideradas uma ameaça à segurança nacional. Huawei e ZTE foram as primeiras a entrar na lista.
O passo seguinte foi dado um ano mais tarde por Donald Trump, quando assinou o Secure and Trusted Telecommunications Networks Act, que mandava substituir os equipamentos fabricados por empresas naquela lista.
Desde então, os Estados Unidos não só juntaram mais empresas à lista de tecnologias que os operadores não podem usar como tomaram medidas idênticas em relação a outras empresas de comunicações ou computação chinesas. No final de janeiro a China Unicom foi a última a receber ordem para sair do país.
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