O Brasil tem um novo operador de telecomunicações, que resulta da junção de mais de 70 operadores regionais. A Tá Telecom é a sequência de uma parceria criada por dezenas de pequenas empresas do sector, materializada na iniciativa 5G Brasil, que nasceu para maximizar as hipóteses de pequenos prestadores arrematarem espectro no leilão 5G no país. O grupo acabou por não conseguir licitar nenhuma faixa com sucesso, mas decidiu continuar no mercado e lançar agora uma nova oferta assente na rede da TIM e na condição de operador móvel virtual.
O site brasileiro Telesintese adianta que a empresa vai ter lojas em mais de 1.600 cidades brasileiras e acredita que tem um mercado potencial de 10 milhões de clientes, tantos quantos as várias participadas já servem com serviços de acesso à internet fixa.
Rudinei Carlos Gerhart, o CEO da nova empresa, garante que os planos que a empresa vai disponibilizar “foram criados para atender todos os públicos, desde o utilizador menos frequente até ao mais exigente”. A nova operadora quer estar em todos os segmentos do mercado e tem cobertura nacional, embora vá apostar sobretudo no interior do país, onde os operadores regionais já têm uma presença mais forte.
O mesmo responsável sublinha que o projeto pode reunir tantos operadores regionais, quantos os que queiram juntar-se à iniciativa. Até agora juntaram-se 73, que já participam no projeto-piloto de lançamento. Este piloto arrancou há duas semanas e já permitiu ativar um milhar de cartões.
Uma análise do Tecnoblog à informação já divulgada pela empresa indica que os planos propostos pela empresa seguem, em linhas gerais, aqueles que os operadores de rede também praticam, integrando o tráfego ilimitado de aplicações como o WhatsApp, por exemplo.
O site defende, no entanto, que a oferta é menos competitiva em alguns pontos, que podem comprometer a capacidade de roubar clientes aos principais operadores. Entre estes pontos menos favoráveis, destaque para o facto de as chamadas no Whatsapp não estarem incluídas nos pacotes com tráfego ilimitado da aplicação, ou das condições de cada pacote só estarem garantidas por seis meses, quando a maior parte dos operadores as prolonga por 12 meses.
O leilão 5G no Brasil terminou em novembro do ano passado. A implementação da tecnologia tem sofrido atrasos por causa de dificuldades no acesso aos equipamentos que permitem aos operadores prepararem as redes para operar o serviço, um constrangimento que em junho levou mesmo a Anatel a prolongar o prazo dos compromissos associados às licenças.
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