A informação foi publicada pelo El Mundo que deu como certas as negociações entre as duas empresas, garantindo que o negócio só não avançou porque foi travado pelo governo espanhol.
O valor apontado pelo jornal traduziria um prémio de 30% face ao valor atual das ações e previa ainda um valor de adicional de 52 mil milhões de dólares para abater dívida, o que gerou impacto imediato no valor dos títulos.



Em reação a Telefónica viu-se obrigada a enviar um esclarecimento à entidade que regula o mercado de capitais em Espanha, onde garante que não recebeu qualquer aproximação ou indicação de interesse da AT&T, nem de forma escrita nem de forma verbal.



Também a porta-voz da empresa e o próprio ministro da indústria espanhol já comentaram a notícia, desmentindo-a. Este último confirmou, no entanto, que num encontro com o presidente da AT&T a empresa reafirmou o interesse na Europa.



Esta posição das AT&T é conhecida há muito e tem, provavelmente, ajudado a alimentar alguma da especulação em torno de possíveis compras dos operadores norte-americanos no velho continente.



Há algum tempo foi a vez do Financial Times a avançar que existiam negociações entre a AT&T e a Verizon para alcançar um consenso e alinhar uma proposta conjunta de aquisição da Vodafone. Também esta notícia acabou por ser desmentida pelas empresas envolvidas.



Recorde-se que a Vodafone é sócia da Verizon nos Estados Unidos para a área das comunicações móveis, com 45% da Verizon Wireless. Trata-se de uma parceria que as duas empresas já admitiram estar a rever, mas que têm mantido por não chegar a acordo sobre os termos de uma dissolução.



A entrada da AT&T no negócio, escrevia-se na altura, seria uma forma de dar ao maior operador móvel norte-americano a oportunidade desejada para ganhar terreno no mercado europeu. A Verizon passaria a controlar a totalidade da sua operação móvel nos Estados unidos.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico