A Telefónica confirmou que vai despedir 3.421 colaboradores para poupar custos, com as saídas a começarem já no primeiro trimestre deste ano. O número é ainda assim menor que o proposto aos sindicatos no início das negociações, em dezembro, quando a empresa apresentou uma proposta para a saída de 5.1254 colaboradores.
Uma comunicação da empresa ao regulador espanhol do mercado de capitais detalha agora que, no âmbito de um acordo assinado com os principais sindicatos representados na operadora, vão sair da companhia 3.421 colaboradores, que atualmente estão nas três subsidiárias da Telefónica em Espanha: Telefónica Espanha, Móvel e Soluções. O maior número de saídas acontecerá na Telefónica España, de onde vão sair 2.985 colaboradores. Na unidade móvel está prevista a saída de 397 colaboradores e na unidade empresarial, de soluções, 66.
O plano de saídas vai custar à Telefónica 1.300 milhões de euros antes de impostos, mas, na sequência disso, a empresa beneficiará também de poupanças anuais estimadas de 285 milhões de euros, a partir de 2025.
Boa parte destas saídas deverão ser voluntárias. A empresa já tinha posto em marcha um plano do género em 2021. As condições de saída deste novo plano serão aliás idênticas às que tiveram os trabalhadores que se voluntariaram para sair há três anos, como destaca o El País.
Os trabalhadores em condições de poder aceitar o acordo poderão solicitar a adesão entre 9 de janeiro e 8 de fevereiro. A empresa está aberta, essencialmente, a propostas de colaboradores há mais de 15 anos na empresa e com mais de 56 anos de idade, como detalha a agência a Efe.
A empresa continuará a pagar parte do salário a quem quiser sair (as percentagens variam entre os 34 e os 68%, a que se soma um prémio de 10 mil euros pela iniciativa de saída). O apoio salarial será pago até que os funcionários de saída atinjam a idade da reforma.
Nos acordos agora negociados com os sindicatos a Telefónica acedeu ainda a reduzir o período semanal da jornada de trabalho de 40 para 36 horas.
Em Espanha, a Telefónica emprega 16.500 pessoas. Em todo o mundo tem mais de 100 mil colaboradores, distribuídos por uma dúzia de países. O maior acionista da operadora é neste momento a STC da Arábia Saudita, que em setembro comprou quase 10% do operador incumbente.
O mercado espanhol sofreu várias mudanças importantes ao longo dos últimos meses, como a venda da operação da Vodafone, a fusão da MásMóvil e da Orange, ainda em curso, ou o avanço da Digi.
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