No dia 15 de janeiro o vulcão subaquático Hunga Tonga entrou em erupção, perto da ilha de Tonga, no Oceano Pacífico. Este já é considerado um dos mais violentos dos últimos tempos e terá mesmo batido recordes de magnitude, segundo a NASA. O vulcão causou vários estragos, nomeadamente a destruição do cabo submarino, que conecta as ilhas ao resto do mundo. Este cabo de dados é responsável por 99% das comunicações e os estragos causaram o isolamento do arquipélago.
Cinco semanas depois de ter ficado isolado, o Tonga voltou a estar conectado online. Uma das principais fornecedoras de telecomunicações do arquipélago, a Digicel, já restaurou as ligações em duas ilhas, Tongatapu e Eua, depois das reparações feitas pelo submarino Reliance ao cabo subaquático que tem cerca de 827 quilómetros de comprimento. O cabo ótico liga o arquipélago de Tonga ao Fiji, e a partir daí com o mundo.
Foram necessários 20 dias para substituir uma parte do cabo submarino de 92 quilómetros de fibra ótica, avança a Reuters. “Os habitantes da ilha principal vão ter acesso online quase de imediato”, referiu o responsável pelo cabo à agência, depois de ter feito um primeiro post no Facebook depois das avarias.
Veja na galeria imagens do Tonga antes e depois da erupção do vulcão:
Ainda assim, as equipas de reparações ainda têm muito trabalho pela frente. A próxima etapa é reparar as partes do cabo que fazem as ligações domésticas entre a ilha principal Tongatapu às restantes zonas do arquipélago, que foram as principais vítimas do Tsunami. Os técnicos estimam que pode demorar entre seis a nove meses para concluir as reparações. E o motivo é a falta de cabo ótico para os “remendos”.
Tonga depende dos serviços de satélites de comunicação, que vão melhorar com a ligação do cabo à ilha principal. A Digicel manifestou-se disponível para aumentar o investimento e otimizar a rede, de forma a preparar-se para futuros eventos catastróficos desta natureza.
O vulcão teve efeitos de transformação na região do Tonga, mas os cientistas têm novos dados sobre a violência da erupção. A NASA afirma que esta poderá ter estabelecido um recorde como a maior registada por satélites. Os cientistas calculam que a pluma do dia 15 de janeiro alcançou 58 quilómetros de altitude no seu pico. A pluma era composta por gás, vapor e cinza projetada pelo vulcão, tendo atingido a mesosfera, aquela que é a terceira camada da atmosfera terrestre.
Até aqui, o maior registo de uma pluma vulcânica era do Monte Pinatubo nas Filipinas, que projetou cinza até 35 quilómetros de altitude em 1991.
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