A Anacom partilhou o mais recente relatório do tráfego de internet em banda larga móvel, destacando o seu aumento anual de 43,3% em 2022. Estima-se que no final do ano passado, 11,1% dos utilizadores de serviços móveis e 15,3% de utilizadores de internet móvel já tinham equipamentos 5G e respetiva subscrição de serviços. O total de utilizadores que acederam à internet em equipamentos móveis foi de 1,5 milhões, resultando numa penetração de 14,5%.

No que diz respeito às operadoras, a MEO foi a que registou uma quota mais elevada dos acessos móveis ativos, com uma utilização efetiva de 39%. Seguem-se a Vodafone com 28,9%, a NOS com 28,6%, a NOWO com 2% e a Lycamobile com 1,4%. A MEO também tem uma maior quota de internet móvel (35,9%), seguindo-se a NOS com 31,8%, a Vodafone com 28,9%, a NOWO com 2,3% e a Lycamobile com 1,0%. Mas na internet de banda larga móvel, a NOS está à frente com uma quota de 36,4%, seguindo-se a Vodafone com 34,6% e a MEO com 28,2%. Porém, a NOS reduziu a sua quota em 5,9%, ao passo que a Vodafone e MEO cresceram 4,8% e 0,9%, respetivamente.

Houve também um aumento de 31,2% face ao ano anterior do tráfego médio mensal por cada utilizador ativo de internet móvel de banda larga. Cada um consumiu, em média, 7,7 GB por mês. No PC, tablet, pen ou router atingiu os 30,3 GB, uma subida de 7,6%, enquanto o tráfego médio de internet no telemóvel aumentou 37,9%, ou seja, para 5,6 GB de média.

Veja na galeria mais dados sobre o consumo de banda larga móvel:

Sobre a penetração do serviço móvel, este ascendeu os 183,5%, mas se excluir as comunicações machine-to-machine limitam-se a 130,4%. Já os acessos móveis incluídos em conjunto com serviços em local fixo, tais como pacotes convergentes, a penetração foi de 54,1%.

A Anacom refere que o número de acessos móveis habilitados a utilizar o serviço foi de 19 milhões, mas apenas 13,5 milhões (71,1%) foram mesmo utilizados. O número de assinantes que utilizaram o serviço móvel aumento 446 mil, correspondendo a um aumento de 3,4% face ao ano anterior. Os planos pós-pagos e híbridos deram uma ajuda, contando com mais 8,5% no último ano, representando 65,2% do total de acessos móveis efetivamente utilizados.

Os planos pré-pagos voltaram à tendência de diminuição anual registado numa altura pré-pandémica, tendo caído em 5%. O tráfego de voz móvel em minutos caiu 2,1% face a 2021. Em média, durante 2022, cada acesso móvel teve em média 220 minutos por mês, correspondente a menos 14 minutos (menos 5,7%) que o ano anterior.

Relativamente à duração média das chamadas foi de 3 minutos e 1 segundo por cada ligação, menos 11 segundos (5.9%) que o ano anterior, referente à voz móvel. Por outro lado, o número de utilizadores efetivos de internet móvel foi de 9,8 milhões, uma subida de 7,9% face ao ano anterior. Há uma penetração de 95%, um crescimento de 7% face a 2021. Na banda larga móvel, o tráfego de acesso à internet aumentou 43,3% face a 2021, considerando que houve um aumento do número de utilizadores e maior intensidade de utilização do serviço.

O regulador também registou aumento no tráfego de roaming em todos os tipos de tráfego. O tráfego de internet cresceu 91,7% em roaming in e 78,9% em roaming out.