Num crescimento de 19 por cento face a 2009, a Primavera BSS apresentou um volume de negócios consolidado de 14,14 milhões de euros em 2010, em grande parte favorecido pelo aumento das vendas de software e serviços nos mercados nacional e internacional fruto, principalmente, da entrada de novos clientes.

Em jeito de balanço, José Dionísio, presidente da tecnológica portuguesa, apresenta as razões do desempenho positivo em ano de crise e deixa previsões de crescimento para 2011, quando estima um crescimento do volume de negócios consolidado na ordem dos 12 por cento, que terá por base o alargamento da oferta de soluções e de serviços a novas áreas de negócio e na expansão geográfica para novos mercados internacionais para além dos PALOP.

TeK: O que influenciou os resultados positivos de 2010?

José Dionísio:
Houve um aumento muito considerável das vendas relativas a novos licenciamentos em resultado do crescimento registado na conquista de novos clientes, tendo esse crescimento acontecido em simultâneo em todos os mercados onde a PRIMAVERA actua. Neste contexto, também as vendas de serviços de consultoria e de formação cresceram de forma significativa.

Para esse crescimento não foi também alheia a alteração das políticas comerciais que passaram a estimular de forma bem mais significativa os nossos Parceiros de negócio pela conquista de novos clientes.

Conseguimos, para agrado do ecossistema PRIMAVERA, retirarmo-nos das zonas de conforto e posicionarmo-nos muito mais em zonas de conquista. A verdade é que por muito bons que sejam os produtos, se o ecossistema constituído pela PRIMAVERA e os seus cerca de 400 Parceiros não for comercialmente agressivo e eficaz, não teremos o sucesso desejado.

TeK: Em que partes contribuiu o negócio nacional e o internacional?

[caption]José Dionísio[/caption]

J.D.:
O negócio fora de Portugal cresceu 19 por cento em 2010 e pesa agora 27 por cento relativamente ao volume de negócio total consolidado.

TeK: Depois dos resultados positivos de 2010, o que esperam para este ano?

J.D.:
É cada vez mais difícil fazer previsões sobre os resultados de uma empresa à distância de 12 meses. Independente das incertezas a empresa mantém o seu objectivo mínimo de crescer dois dígitos em 2011. Esperamos crescer mais significativamente e de forma não orgânica se conseguirmos concretizar alguma aquisição, conforme é nosso objectivo.

TeK: Como poderão evoluir os produtos e serviços da Primavera nos próximos meses? O que estão a preparar em termos de oferta?

J.D.:
Uma das razões porque estamos confiantes é porque a PRIMAVERA criou as condições no passado e apesar da crise económica, para investir em novos produtos. Em resultado desse investimento a empresa está a lançar novos produtos e versões a bom ritmo. Foi o caso do WebCentral e do Qpoint, apresentados em 2010, e será o caso do PRIMAVERA OFFICE EXTENSIONS, da Versão 8 do ERP PRIMAVERA e de outros pequenos add-ons, muito esperados pelos nossos clientes.

O ano de 2011 será por isso um ano com muitas novidades, revestindo-se esse facto de especial importância num período que se prevê de retracção do investimento. Também não posso deixar de referir a crescente atenção que temos vindo a ter para com a nossa base instalada de clientes, através da implementação de programas de fidelização assentes num serviço prestado cada vez melhor.