No primeiro ano de atividade no mercado português a empresa pretende faturar entre os 1,2 e os 1,5 milhões de euros, em projetos na área dos sistemas de informação. A indústria é o grande foco da organização que já angariou alguns projetos locais e que, neste momento, adianta ter já uma carteira de projetos de 400 mil euros.



A Bee Engineering, que integra o grupo HIQ Consulting, estreou-se no mercado francês em 2010. Em Portugal a empresa garante ter a expectativa de ajudar a recuperar alguns dos 50 mil postos de trabalho perdidos em 2012 na área da engenharia.



Tem nos setores da energia e da indústria as principais áreas e foca-se em projetos, estudos, engenharia de sistemas e engenharia de software.



O grupo conta com 1.350 colaboradores em seis países. Além de Portugal, integram-se neste grupo França, Espanha, Suíça, Alemanha e Bélgica.


[caption]José Leal[/caption]

TeK: Porque escolheram um ano de estagnação económica para entrar no mercado português?

José Leal:
O período que atravessamos representa, de facto, acrescidas dificuldades às organizações presentes no mercado português, sobretudo às que se inserem no sector industrial. Contudo, entendemos que é precisamente a existência desta situação que pode tornar particularmente relevante a mais-valia representada pelas soluções da Bee Engineering. A nossa oferta centra-se em agilizar os processos das organizações, reduzir os seus custos e melhorar a sua eficácia, objetivos essenciais no sentido de assegurar a viabilidade e crescimento das organizações com as quais trabalhamos.



TeK: A ideia de fixar atividade em Portugal é também um plano para chegar a outros mercados de língua portuguesa?

José Leal:
O facto de se fixar atividade em Portugal, apesar de não se colocar de lado a eventual colaboração com outros parceiros noutros mercados de língua portuguesa, tem sobretudo a ver com a excelência técnica dos Engenheiros Portugueses. É isso que explica a nossa aposta em Portugal, tal como o objetivo de conseguir potenciar essa excelência em projetos de referência. O objetivo passa por reativar o mercado nacional nesta área e dar a oportunidade a estes Engenheiros de integrar projetos de referência, para que num futuro de médio prazo estejam preparados para a exigência de projetos internacionais.



TeK: Já concretizaram alguns projetos, pode dar detalhes? As empresas a que se dirigem são essencialmente grandes empresas ou não só?

José Leal:
Neste momento o que existe concretizado é na área de Engenharia de Sistemas, mais concretamente na área de Retalho. Quanto à tipologia de empresas, o foco passa maioritariamente pelas grandes empresas pois são as que por norma têm a capacidade financeira que lhes permite tirar partido da flexibilidade dos serviços prestados pela Bee Engineering. Existem, no entanto, algumas exceções.



TeK: O mercado a que se dirigem tem uma concorrência forte. Que argumentos garantem "espaço para mais um"?

José Leal:
A concorrência é por norma saudável nesta área e o facto de existirem já empresas a explorar o mercado é para nós um indicador de que ele existe e é financeiramente viável. O "espaço para mais um" existirá com certeza, proveniente da abertura que acreditamos existir nos clientes para uma cultura empresarial baseada numa forte política interna de gestão dos colaboradores que culmina num serviço de excelência técnica, flexibilidade e rapidez de resposta. Para além deste facto, a nossa oferta, apesar de ter no sector uma referência, não se resume apenas ao mesmo. Prevemos também estar presentes nas áreas de Engenharia de Software e Engenharia de Sistemas, dada a transversalidade da aplicação dos conhecimentos das áreas de Sistemas de Informação.



TeK: Quantas pessoas pretendem contratar este ano? Com quantas arrancou a operação?

José Leal:
Dado o caráter recente da operação em Portugal a equipa da Bee Engineering possui ainda uma dimensão algo reduzida, contabilizando um total de 20 colaboradores. As perspetivas de recrutamento inserem-se numa aposta que obedecerá necessariamente a um caráter continuado, no sentido de responder às necessidades de crescimento e de evolução de operação que se vierem a verificar.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira