Por Francisco Jaime  Quesado (*)

O Futuro não se define por decreto, mas como muito bem  defendeu  Peter Drucker,  tem que ser construído através de uma verdadeira agenda de mudança em que nos sintamos envolvidos e que constitua um verdadeiro desafio individual e coletivo. Há  um exercício de ligação permanente com o Futuro que nos move a todos e que nos incentiva a ter uma atitude permanente de construção sobre o que somos, o que fazemos, o que queremos ser e o que queremos fazer. Em breve irei lançar o meu novo Ensaio COMPROMISSO COM O FUTURO, que pretende ser um sinal de confiança e ambição para os tempos que temos pela frente.

O Futuro que queremos ter não pode nunca ser dissociado do sentido do Passado que tivemos e que nos ajudou a moldar a nossa forma de ser e de estar ao longo do tempo, no contexto da nossa intervenção em sociedade. Revisitar o Passado e os seus momentos centrais ajuda-nos também a fazer um exercício de avaliação do que somos e de como estamos e conforta-nos com o sentimento de realização de um percurso que tivemos e que devemos saber sempre valorizar. Somos o que nos foi dado poder ser e mesmo que pudéssemos ser mais do que somos o que importa é saber ser e saber estar e fazer disso a base do nosso processo de realização pessoal e de procura de um sentido permanente de felicidade com que nos possamos sentir confortados.

Este meu ensaio  COMPROMISSO COM O FUTURO que lançarei em breve pretende ser um contributo simples para   mostrar que temos que saber ter uma relação permanente entre o  sentido do nosso passado, o momento do nosso presente e a ambição  do  Futuro que queremos construir. Escrever e dar nota do que pensamos é um exercício de cidadania que nos deve mover de forma positiva – desde há pouco mais de 40 anos que o faço de forma regular e permanente, com um sentido de partilha que mais não é do que dar aos outros aquilo que tenho procurado saber aprender no percurso feito , que é também muito o daqueles que dele fazem parte e que acabam por lhe dar sentido.

Quando no início da Pandemia em Março de 2020 foi constituída a Plataforma Colaborativa SHARING KNOWLEDGE foi este propósito de partilha de ideias e de conhecimento que deu sentido a uma iniciativa que tem feito o seu percurso e se constitui como um verdadeiro ponto de encontro diário de construção de soluções para o Futuro que queremos ter. Esta plataforma de encontro, de partilha e também às vezes de discussão é o exemplo da importância de sabermos articular de forma inteligente o passado que tivemos, o presente que temos e o Futuro que queremos ter.

Foi muito a partir da fantástica experiência destes 4 anos e meio de SHARING KNOWLEDGE que me senti motivado a escrever este pequeno Ensaio, na linha de outros manifestos e livros anteriormente publicados e que são o meu contributo de cidadania para uma discussão que não é só de cada um mas sim antes de todos. Temos que perceber que nestes tempos incertos e complexos que estamos a viver, onde a aceleração da tecnologia alterou por completo o paradigma dos nossos hábitos, temos que saber construir novas soluções para os novos problemas com que estamos confrontados e que esse é um exercício no qual não podemos estar sós.

(*) Economista e Gestor – Especialista em Inovação e Competitividade