Por Artur Santos (*)

Os “dados” são o maior património das organizações. É na sua observação e análise que reside a verdadeira capacidade de fazer mais e melhor, apontar pontos fracos e pontos fortes, traçar estratégias ou até mesmo invertê-las, criar caminhos e identificar soluções. A capacidade de extrair conhecimento da análise dos dados é uma das maiores vantagens competitivas das empresas. Segundo o relatório da IDC Portugal - Market Analysis Perspective: Big Data & Analytics Market in Portugal 2018-2022, mais de 50% das organizações nacionais já utilizam ferramentas de business intelligence e analítica de negócio.

É através da informação relativa aos comportamentos e interações dos consumidores que as organizações conseguem, por exemplo, personalizar a experiência dos seus utilizadores, conhecer melhor o seu público, criar e adaptar os seus produtos e serviços para responder aos clientes, otimizar os seus processos internos e de relação com parceiros e fornecedores, e sobretudo fazer previsões de comportamentos que permitam a identificação de constrangimentos e oportunidades de negócio. Os dados revelam-se assim, atualmente, como a pedra basilar do sucesso de pequenas e grandes organizações.

A nível global, e segundo o Future of Jobs Report 2020 do World Economic Forum, mais de 85% das empresas, em todo o mundo, pretende adoptar tecnologias de Big Data Analytics até 2025. Neste sentido e numa altura em que tantas pessoas vivem alguma incerteza no que se refere ao seu futuro profissional, é muito importante chamar a atenção para uma das áreas tecnológicas de maior crescimento: Data. A rápida adoção de ferramentas e tecnologias de dados e analítica por cada vez mais empresas, em Portugal e no mundo, cria todos os dias, várias oportunidades de carreira e novas perspetivas de evolução como não se vê noutras áreas. Em outubro de 2012, a Harvard Business School anunciou a função de Data Scientist como a profissão mais sexy do século XXI. Quase uma década depois, esta área profissional evoluiu e ramificou-se para áreas como Big Data, Machine Learning, Deep Learning ou Inteligência Artificial, mas mantém-se igualmente sexy.

O mesmo relatório do World Economic Forum, coloca no top 3 das profissões com o maior aumento de procura esperado, os Data Analysts e Data Scientists, AI e Machine Learning Specialists e os Big Data Specialists.

Também a Michael Page anunciou recentemente os perfis mais procurados pelas empresas em Portugal no setor das tecnologias de informação. Entre os 5 primeiros encontram-se as áreas de Machine Learning e Big Data, com destaque para os Data Engineers, Data Scientists, Data Analysts e Machine Learning Engineers, acompanhando assim as atuais necessidades das empresas no sentido da digitalização dos seus produtos, serviços e processos de trabalho.

Referir ainda que as funções em Data são muitas vezes multidisciplinares: é necessário saber estatística, programar, trabalhar com Bases de Dados, cálculo matemático, comunicar eficazmente e ter sensibilidade para visualizações gráficas. Estas competências podem ser adquiridas e trabalhadas com formação, tanto de forma genérica como mais específica a uma determinada tecnologia ou ferramenta.

Em suma, nas tecnologias de informação, e muito em especial na área de Data & Analytics, reside um manancial gigante de oportunidades, inclusivamente na área do recrutamento conjugado com as reais e atuais necessidades das empresas. É apenas necessário ter vontade de aprender e motivação para nos munirmos de todas as ferramentas ao nosso dispor para sermos um recurso válido para as empresas nesta dimensão.

(*) Formador da Rumos para a área de Data & Analytics

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