O Conselho da Globalização



Por Francisco Jaime Quesado *




Quando em 2006 o Presidente da República decidiu lançar a Iniciativa Conselho da Globalização, que reuniu em Portugal alguns dos Líderes de Topo de algumas das principais Multinacionais com Responsáveis Políticos e Empresariais Nacionais, estava lançado o mote. Portugal mostrava ao Mundo Global que tinha uma palavra a dizer no Jogo Competitivo do IDE.

Depois de dois anos de interregno, a Iniciativa está de volta. Numa época de crise complexa, esta Nova Aposta é um sinal de confiança na Competitividade Portuguesa e na capacidade muito concreta de se alterar duma vez por todas o Modelo de Desenvolvimento Económico para o futuro. Um verdadeiro regresso ao futuro que importa saudar.

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A Economia Portuguesa está claramente confrontada com um desafio de Crescimento Efectivo e Sustentado no futuro. Os números dos últimos vinte anos não poderiam ser mais evidentes. A incapacidade de modernização do sector industrial e de nova abordagem, baseada na inovação e criatividade, de mercados globais, associada à manutenção do paradigma duma "economia interna" de serviços com um carácter reprodutivo limitado criou a ilusão no final da década de 90 dum "crescimento artificial" baseado num consumo conjuntural manifestamente incapaz de se projectar no futuro.



Portugal precisa efectivamente de potenciar Iniciativas como o Conselho de Globalização, com todas as consequências do ponto de vista de impacto na sua matriz económica e social. A política pública tem que ser clara - há que definir prioridades do ponto de investimento estrutural nos sectores e nos territórios, sob pena de não se conseguirem resultados objectivos.

Estamos no tempo dessa oportunidade. Definição clara dos "Pólos de Competitividade" em que actuar (terão que ser poucos e com impacto claro na economia); selecção, segundo critérios de racionalidade estratégica, das zonas territoriais onde se vai actuar e efectiva mobilização de "redes activas" de comercialização das competências existentes para captação de "IDE de Inovação".



O Investimento Directo Estrangeiro desempenha neste contexto um papel de alavancagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do "IDE de Inovação" associado à captação de Empresas e Centros de I&D identificados com os sectores mais dinâmicos da economia - Tecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologia, Automóvel e Aeronáutica, entre outros.

Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por "redes activas" de actuação nos mercados globais envolvendo os principais protagonistas sectoriais (Empresas Líderes, Universidades, Centros I&D), cabendo às agências públicas um papel importante de contextualização das condições de sucesso de abordagem dos clientes.



* Especialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

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