Por Carlos Paulino (*)

Dos serviços financeiros à saúde, passando pelos automóveis conectados, pelo gaming ou até pelo tão propalado Metaverso, todas as atividades e indústrias necessitam de movimentar enormes quantidades de dados, que têm de ser recolhidos, transmitidos, analisados e geridos, com a menor latência possível. Para tanto, é necessário dispor de uma infraestrutura digital modernizada e distribuída, implementada no edge digital, isto é, próximo dos utilizadores e da origem dos dados.

As empresas líderes já se encontram em rápida transformação digital. Em Portugal, quase metade (46%) dos decisores de TI confirma ter acelerado os processos de transformação digital nos últimos dois anos[1], comprovando as vantagens de ter uma infraestrutura digital no edge, sem depender exclusivamente de um core digital centralizado. Desta forma, consegue-se gerir os dados sem restrições de latência, tirando também partido dos ecossistemas de parceiros.

Um exemplo claro disso é a parceria entre a Equinix e a Continental, fornecedor global do setor automóvel, com o intuito de usar Inteligência Artificial para prevenir acidentes rodoviários e, assim, salvar aproximadamente 1,3 milhões de vidas. As instalações da Equinix em todo o mundo dão suporte à rede de condução autónoma da Continental, que gera mais de 100 terabytes de dados por dia, que precisam de ser carregados, processados ​​e ​​rapidamente acedidos pelos engenheiros da Continental.

A interconexão é crucial para o sucesso das empresas

Uma infraestrutura digital adequada permite que as empresas se adaptem dinamicamente às novas tendências tecnológicas. E a interconexão – troca direta e privada de dados entre organizações – ajuda os líderes digitais a modernizar os sistemas de TI, otimizar as aplicações, aumentar a segurança e escalar mais rapidamente, reduzindo custos e ineficiências. Por isso, o uso da interconexão está a aumentar muito rapidamente em todo o mundo, a uma taxa de crescimento anual composta a cinco anos de 44%[2].

Os serviços de data center são cruciais para assegurar as necessidades da sociedade moderna e o mercado que representam deverá superar os 105 mil milhões de dólares em 2026. Mas, igualmente importante, é garantir que a transformação digital seja efetuada de forma sustentável, através da inovação tecnológica, com base em metas científicas e tendo em vista a neutralidade carbónica. É desta forma que devemos construir a próxima geração de data centers.

(*) Managing Director, Equinix, Portugal

[1] Fonte: Global Tech Trends Survey (GTTS)

[2] Fonte: Global Interconnection Index Vol. 5

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