Social Networks – Quem, o quê, onde, como e porquê
Por Duarte Stock

A internet como fonte de informação e entretenimento é um dado adquirido. As social networks são o expoente actual desta realidade e nelas partilhamos fotografias, experiências e conhecimentos, encontramos amigos com os quais perdemos contacto, trocamos experiências profissionais, aderimos a grupos, etc. As redes sociais tornaram-se como que num mundo paralelo onde todos querem estar presentes.

Várias marcas têm apostado de forma crescente neste fenómeno enquanto plataforma de difusão da mensagem publicitária, criando exposição de uma forma viral e geradora de valor e resultando em oportunidades claras de concretização de negócio. A natureza das social newtorks reside na partilha de informação e na riqueza do contéudo, pelo que qualquer estratégia de marketing rica em conteúdos interessantes para os seus prospects, é potenciada numa social network.

Entender como se devem utilizar as social networks na promoção de uma marca, vantagens associadas, quais as social networks mais utilizadas, que ferramentas dentro de cada uma usar em cada campanha, que características demográficas têm mais a ver com o nosso público alvo, são questões fundamentais a abordar no desenho de uma estratégia integrada.

Segundo o Social Media Marketing Industry Report, de Michael Stelzner, publicado em Março deste ano, 88% dos inquiridos assumiram já usar social networks nas suas estratégias de marketing, mas 72% dos responsáveis de marketing das empresas inquiridas tomaram contacto com as Social Networks apenas recentemente. Destes 81% confirmam que depois de utilizarem social networks nos seus planos de meios, aumentaram o tráfego para os seus websites e identificaram novas oportunidades de negócio. Uma outra vantagem reside no aumento de visibilidade nos motores de busca, logo, uma maior exposição e número de leads geradas e optimização do ROI.

Por outro lado é redutor criar um formato standard e colocá-lo de forma mais ou menos aleatória no Hi5, Netlog, ou Facebook. Pode-se associar a marca à social network num espaço exclusivo tirando partido de todas as potencialidades que esta oferece. A base de dados opt in já existe e é ávida de interagir com outros utilizadores e com grupos ou perfis de interesses comuns aos seus. O anunciante precisa de prender a atenção do utilizador. Não se trata apenas de decidir que Social Network usar em função da dimensão e sim, dependendo das características dos utilizadores e das funcionalidades, ver quais as que se enquadram nos objectivos do nosso plano de marketing.

Uma estratégia aglomeradora pode passar por englobar alguns meios entre Twitter, blogs, LinkedIn, Facebook, Hi5, Netlog, Myspace, Bebbo, Tagged, Wayn, entre outras redes. O mais recente fenómeno do Twitter é simples de utilizar, barato e tem muito potencial exploratório. O Hi5 tem em Portugal uma dimensão única, o Netlog as funcionalidades virais mais interessantes, o Myspace um posicionamento único no mundo da música, o Facebook crescimento exponencial e funcionalidades ao nível de aplicações, únicas também.

A Trillium Interactive aposta no desenvolvimento de uma estratégia integrada em social networks, identificando caso a caso as mais adequadas face ao objectivo da campanha e características do target. Esta estratégia pode passar por desenhar widgets e integrar com aplicações Facebook, implementação de “brand profiles” no Netlog com passatempos associados ou campanhas display com formatos expansíveis de CTR´s elevados.

A Trillium já implementou vários perfis para Agências de Meios como o Plenoutjazz no Myspace, Adidas (pt.netlog.com/adidas), Veet (pt.netlog.com/loveveet), Tonino Lamborghini (pt.netlog.com/toninolamborghiniparfums), Clearasil, filmes como Corrida Mortal (pt.netlog.com/corrida_mortal), Hell Boy II (pt.netlog.com/hellboy_II) ou A Múmia (pt.netlog.com/a_mumia), com passatempos associados, skins das marcas, blogs, filmes e imagens, campanha de display, mensagens enviadas a utilizadores, notícias na home page, mensagens no topo da home page e em destaque, etc. Tudo conteúdos colocados no brand profile, partilháveis entre os “amigos da marca” aumentado o efeito viral. Outras hipóteses adicionais são os formatos expansíveis, over layers ou mesmo splash pages.

No mais recente fenómeno, o Twitter, nos EUA a Land Rover apostou em promover os seus modelos, ao usar hashtags (palavras usadas nos tweets que tornam mais fácil seguir uma conversação no Twitter através de pesquisas online) em billboards, TVs em táxis, blogs e publicações online e pagando a uma Twitter ad network para passar palavra entre os utilizadores. É cedo para saber que retorno a Land Rover irá ter da sua acção no Twitter mas claramente conseguiu uma visibilidade tremenda.

Esta campanha é um bom exemplo da capacidade viral de uma estratégia de marketing em social networks. Calcula-se que esta acção no Twiter tenha originado cerca de 300 mil views num blog com conteúdos sobre a marca. Com Tweeters a quem a marca pagou para enviar posts e colocar o brand Land Rover nos seus perfis e milhões de seguidores, o apelo é óbvio, uma forma rápida e barata de contactar potenciais clientes e de forma contextual.

(*) Partner e Business Development Director da Trillium Interactive