Tecnologia flexível para as novas infra-estruturas TI



Por Daniel Cruz *


A par da crescente externalização de serviços, o mercado está actualmente envolvido num processo de transição rumo a infra-estruturas de TI partilhadas. A busca de flexibilidade e eficiência que conduziu a este tipo de infra-estruturas deve-se essencialmente a duas razões. Em primeiro lugar, a explosão do volume de dados e serviços informáticos. Está previsto que o volume de dados cresça mais de 600% nos próximos cinco anos, sendo que 80% deste total serão dados não estruturados. Do mesmo modo, prevê-se que os custos em energia e espaço relacionados com todos estes dados e serviços aumentem cerca de 300%.



A segunda razão é que as arquitecturas actuais - baseadas em silos - estão antiquadas e obsoletas. Por um lado, encarecem a gestão de todo este crescimento e volume de dados; por outro, fazem com que os departamentos TI tenham maior dificuldade e sejam mais lentos nos processos de adição de nova capacidade, novos utilizadores e novos serviços. Deste modo, a tecnologia, normalmente impulsionadora do negócio, pode começar a travar quaisquer avanços.



Uma infra-estrutura de TI partilhada acrescenta dinamismo, flexibilidade e eficiência ao centro de dados. Permite responder consoante a procura, a partir de um único grupo de recursos, a diversas necessidades de aplicações e cargas de trabalho, pelo que se reduz o tempo de resposta mediante a redução da complexidade, a automatização dos serviços e ferramentas de gestão de infra-estrutura comuns, entre outras coisas.

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Em todo este conjunto, a plataforma de armazenamento desempenha um papel crítico na obtenção de uma maior flexibilidade e eficiência. A infra-estrutura partilhada precisa tanto de uma arquitectura unificada como de escalabilidade vertical e horizontal, e soluções de eficiência que reduzam o consumo de armazenamento, como a compressão de dados online ou a deduplicação, para reduzir a quantidade de armazenamento. Tudo isto permite não só fazer face aos requisitos de um negócio que evolui rapidamente, como também escalar com vista a um crescimento futuro, tudo isto com um custo inferior ao das abordagens tradicionais.



Recentemente foram lançadas no mercado novas soluções para arquitectura de centros de dados que permitem aos clientes agilizar a sua transformação numa infra-estrutura TI partilhada e virtualizada com designs definidos e validados para simplificar a sua implementação e ajudar a reduzir riscos.



Também se anunciaram avanços no movimento de grandes volumes de dados sem interromper as operações da empresa; a admissão de todos os protocolos através de uma única conexão, com o objectivo de aumentar a eficiência, melhorar o rendimento e simplificar a gestão; e um novo conjunto integrado de aplicações de gestão completas que oferecem um maior controlo do armazenamento unificado, automatização para possibilitar a eficiência operacional e uma flexibilidade óptima com uma API aberta que se integra em produtos de gestão de terceiros.



Todos estes avanços tornam possível uma infra-estrutura TI partilhada que aumenta o uso de recursos e permite uma ampla gama de eficiências operacionais, desde serviços de TI mais escaláveis e rápidos até uma distribuição de aplicações mais rápida, menores custos de gestão e aquisição ou coordenação mais simples das prioridades do negócio e das TI, entre outras. Partilhar recursos de TI supõe, em definitivo, dispor de uma infra-estrutura normalizada que aproveita as melhores práticas e os protocolos comuns. Tecnologia flexível para responder mais rapidamente à constante mutação das exigências do negócio.




*Territory Manager NetApp Portugal