TeK: Portugal está atrasado face à média europeia de indicadores de Ciência e Tecnologia. Acha que em 2004, com as medidas pensadas pelo Governo nesta área poderemos recuperar esses atrasos e atingir as metas para 2005, inscritas no plano de acção eEurope?



Maria da Graça Carvalho, Ministra da Ciência e do Ensino Superior

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Todas as medidas pensadas vão nesse sentido, apesar de nem todas visarem resultados imediatos. Temos, por exemplo, o objectivo de aumentar o número de licenciados nas áreas da ciência e das tecnologias em 15 por cento até 2010, que para ser concretizado é necessário começar a trabalhar junto dos estudantes antes da escolha do ensino secundário. Demora, mas penso que estamos na direcção certa.


No que diz respeito à necessária promoção da ciência e da tecnologia, as nossas prioridades no curto prazo passam pela reorganização das unidades de investigação e desenvolvimento, reorientação dos seus objectivos e forma de financiamento. Está igualmente pensada a modernização das infra-estruturas científicas, através, por exemplo, do reequipamento científico.


Também queremos criar um quadro que promova o investimento privado em Investigação e Desenvolvimento. Será necessário incentivar à investigação nas empresas e ao consórcio destas com as instituições de ensino universitárias e centros de investigação e desenvolvimento. É muito importante que as empresas portuguesas passem a investir na criação de laboratórios de investigação próprios, sozinhas ou em parceria com as Universidades, como já acontece em muitos outros países.


Está também prevista a internacionalização do sistema nacional de C&T e Ensino Superior. Neste domínio urge promover a atractabilidade das nossas instituições de ensino superior e ciência em relação a estudantes e cientistas de todo o mundo. Temos de dotar o nosso tecido científico e empresarial de meios e competências para o preparar para os desafios crescentes dos programas europeus, como o 6ºPrograma Quadro.

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Perspectivas 2004 – Mais optimismo para o Ano Novo