As questões políticas continuam a dar mote para algumas das falhas mais monumentais de internet em todo o mundo. Governos, rebeldes e opositores de regimes usam as redes que ligam o mundo para retaliar, mas simples operações de manutenção também podem deixar milhões “às escuras”.
Num mundo cada vez mais dividido, o acesso à Internet está também condicionado por questões geopolíticas. A rede que tinha um objetivo de globalização continua a estender o seu alcance, mas com blocos e silos geridos com objetivos políticos e económicos.
A Cloudflare Radar observa a internet e identifica perturbações. Nos três primeiros meses de 2024, danos em cabos terrestres e submarinos, ações militares, ciberataques e até governos provocaram incidentes um pouco por todo o mundo.
Em 2023 registaram-se 79.238 horas de bloqueios e "apagões" causados por Governos. A rede social X (antigo Twitter) foi a mais bloqueada no ano passado, com 10.683 horas de disrupções.
Para lá da destruição de infraestruturas, causada por ataques e bombardeamentos, só nas duas últimas semanas, a Faixa de Gaza foi afetada por três “apagões” no acesso à Internet e serviços de telecomunicações. Investigadores e especialistas apontam para a possibilidade das disrupções serem intencion