Já imaginou levar um foguetão numa aventura pela Europa? A ESA convida-o a fazer exatamente isso, mas em miniatura e papel, através do concurso #MyAriane6. Os mais criativos têm direito a prémios “espaciais”.
Depois de várias peripécias, e alguns falhanços, o foguetão Ariane 6 cumpriu este mês a primeira missão com sucesso, colocando vários nanosatélites em órbita, entre os quais o português ISTSat-1. A ESA mostra agora em vídeo o processo de montagem que decorreu nos últimos meses.
Além do nanosatélite ISTSat-1 e da telemetria da Critical Software, há mais “mão portuguesa” no Ariane 6. O foguetão que marca o regresso da ESA aos lançamentos espaciais voa hoje pela primeira vez e a monitorização inicial da “viagem” vai ser feita a partir da ilha de Santa Maria, nos Açores.
O ISTSat-1 é o primeiro nanosatélite universitário, totalmente desenvolvido e fabricado em Portugal. Vai para o espaço, à boleia do voo inaugural do foguetão europeu Ariane 6, com a missão de testar a capacidade de deteção da presença de aviões em zonas remotas.
Com um primeiro voo previsto para entre 15 de junho e 31 de julho de 2024, o foguetão Ariane 6 vai a caminho da plataforma de lançamento, na Guiana Francesa. Enquanto isso, a ESA faz questão de mostrar imagens da desmontagem do modelo de teste, explicando a importância do processo.
O ensaio de larga escala do Ariane teve direito a mais de sete minutos de queima do motor, o tempo necessário para cobrir toda a fase de voo inicial, como acontecerá durante o lançamento real. O teste foi “resumido” pela ESA num vídeo timelapse.
Com o sucessor Ariane 6 ainda sem estreia prevista, a lidar com os problemas do Vega-C no último lançamento e sem possibilidade de recorrer aos Soyuz da Rússia, a exploração espacial na Europa parece cada vez mais fragilizada.
Um dos equipamentos em desenvolvimento na nova câmara limpa do Instituto de Telecomunicações (IT) e do Instituto Superior Técnico (IST) deverá seguir para o espaço já em 2023, a bordo do ARIANE 6.