O organismo que gere a Internet a nível mundial foi um dos alvos dos pedidos de apoio da Ucrânia nos últimos dias. O Governo alegou o uso da rede para divulgar informação falsa e lançar ciberataques. O ICANN não vai agir, mas não demorou a explicar porquê.
Numa carta enviada ao ICANN, o organismo que regula a Internet a nível mundial, Mykhailo Fedorov, ministro ucraniano da Transformação digital apela para que sejam implementadas “sanções estritas” contra a Rússia “no contexto da regulação de DNS”.
Assinalam-se já 12 anos desde que passou a ser possível criar endereços web com catacteres não latinos, mas a alteração técnica está longe de ter promovido grandes diferenças práticas, mesmo nos países com alfabetos diferentes.
A ICANN vetou a empresa privada Ethos Capital de comprar a PIR, que incluía o domínio associado a organizações sem fins lucrativos. Na mesa estava um negócio de mais de mil milhões de dólares.
A passagem do domínio para as mãos de uma empresa privada tem vindo a levantar diversas preocupações. Chegou agora a vez da ICANN pedir um esclarecimento às entidades interessadas na compra.
A questão é bastante técnica e tem a ver com o agendamento pela ICANN da rotação das chaves criptográficas que ajudam a proteger o DNS. Vinte e quatro horas depois os técnicos dizem que tudo decorreu de forma simples e tranquila, embora não faltasse quem alertasse para a possibilidade de falhas.