Segundo documentos legais submetidos recentemente em nome do FBI, embora a agência tenha decidido não implementar o spyware Pegasus, tal não quer dizer que o teste, avalie ou que recorra a ferramentas semelhantes em investigações.
O Governo espanhol decidiu afastar a chefe dos serviços secretos, Paz Esteban, como consequência do ‘caso Pegasus’ de espionagem de líderes independentistas e dos telemóveis do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e da ministra da Defesa, Margarita Robles.
Os telefones móveis do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez e da ministra da Defesa, Margarita Robles foram alvo de escutas "ilícitas e externas" através do programa Pegasus, indica um relatório oficial do Centro de Criptologia Nacional (CNC).
A lista de políticos que terão sido espiados com o software Pegasus inclui o comissário europeu Didier Reynders e o Parlamento Europeu já criou uma comissão para investigar o impacto do spyware e a sua utilização por governos de Estados-membros.
No ano passado a Apple avisou milhares de utilizadores que estavam a ser alvo de spyware desenvolvido por empresas israelitas de vigilância. Um dos visados terá sido o comissário europeu da justiça, entre outros funcionários da Comissão Europeia.
Através do iPhone da ativista Loujain al-Hathloul, investigadores conseguiram mapear a forma como o spyware desenvolvido pela israelita NSO funcionava, levando à descoberta de uma vasta rede de espionagem.
A tecnológica quer impedir a NSO Group de voltar a utilizar software, equipamentos ou serviços da Apple, considerando que esta empresa israelita terá conseguido colocar spyware no iPhone.
As vítimas fazem parte de uma extensa lista, composta em 2016, com mais de 50 mil números de telefone oriundos de países conhecidos por práticas de vigilância e por recorrerem a ferramentas desenvolvidas pelo NSO Group, a empresa que desenvolveu o spyware Pegasus.