(Atualizada) O número de "serviços móveis" tem vindo a crescer, impulsionado pela evolução das tecnologias e, paralelamente, pelo cada vez maior número de capacidades proporcionadas pelos smartphones.
A área da bilhética é uma das mais ativas em termos de oferta e cobre desde os transportes aos espetáculos musicais, eventos desportivos e cinema, etc.
Em Portugal existem várias apostas nesta área, umas já testadas e em pleno funcionamento, como os Bilhetes sem Fila do Benfica, outras por pôr em prática, como o projeto Mobile Ticketing, que junta TMN, Vodafone e Optimus e a Oberthur Technologies - empresa fornecedora de cartões Lisboa Viva e de cartões para telemóveis -, em parceria com a OTLIS - Operadores de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa, e que visa a disponibilização de títulos de transporte através do telemóvel.
Por parte da Vodafone e da Zon Lusomundo surge agora uma nova proposta, e se a ideia de vender bilhetes de cinema eletrónicos não é nova, as empresas dizem ter apurado o conceito e apresentam o m.ticket como um serviço mobile "verdadeiramente universal".
A expressão é usada no sentido em que o serviço vai poder ser utilizado independentemente do sistema operativo, rede móvel ou mesmo modelo de telemóvel, não necessitando de ter um smartphone em mãos para poder ignorar a fila à sua frente, e "virar" diretamente para a sala onde está a ser exibida a película da sua preferência.
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O m.ticket pode ser acedido de duas formas: via aplicação para telefones Android e para os modelos iPhone da Apple ou através do site móvel mticket.vodafone.pt. Em breve deverá estar disponível uma aplicação para iPad, "construída de raíz para aproveitar as funcionalidades específicas do tablet", referiu-se durante a conferência de imprensa de apresentação do serviço, realizada esta quarta-feira.
O princípio é o de que qualquer utilizador de telemóvel (de todas as redes), com acesso à Internet, possa adquirir o seu bilhete de cinema "a qualquer hora e em qualquer lugar", e para os lugares (aqui no sentido de cadeiras propriamente ditas) que desejar, acrescentamos nós.
Fazendo o download da aplicação ou acedendo ao site começará por selecionar um filme e a sala, seguida da sessão e do número de bilhetes. A aplicação atribui lugares automaticamente, num processo que pode ser alterado "manualmente" pelo utilizador, se a escolha sugerida não agradar.
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Apesar de estar acessível independentemente da rede móvel utilizada, os clientes da Vodafone beneficiam de um desconto de cerca de 30% no preço de cada bilhete comprado - que sai a 4,25 euros. A par deste desconto, mantêm-se os preços especiais para estudantes e seniores, assim como as vantagens associadas ao MyZon Card.
Depois de fornecer o seu número de telemóvel (onde receberá a SMS com o bCode que lhe dará acesso à sala de cinema) tem dois meios de pagamento à escolha: por crédito ou através do serviço MB Phone (a que pode aderir em qualquer ATM Multibanco).
Pagamento realizado, o utilizador recebe uma mensagem no seu telefone com o código dos bilhetes comprados.
Refira-se que existe um número máximo de bilhetes que é permitido adquirir por transação(9) e que é possível comprar os títulos com até seis dias de antecedência. Informa-se igualmente que também é possível comprar bilhetes "em cima da hora"...
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A entrada nas salas é feita "passando" o telemóvel com a SMS apresentada no ecrã nos leitores que estarão no hall de acesso do cinema em questão. Em resposta, a máquina irá emitir uma mensagem de voz para confirmar (ou não) o acesso.
O processo de validação permite a aquisição de bilhetes eletrónicos para oferta a familiares e amigos, já que para isso bastará fazer o simples reencaminhamento da SMS - e, neste caso, o telemóvel da pessoa em questão nem precisa de ter acesso à Internet...
Inicialmente, a Zon vai ter um leitor de m.tickets por cada cinema Lusomundo, dois nos espaços de maior dimensão, mas o objetivo é que o número aumente proporcionalmente ao crescimento da utilização do serviço.
A operadora prevê que 20% dos bilhetes vendidos durante 2012 sejam emitidos através de canais não presenciais (que passam a abranger o serviço agora lançado), ou seja cerca de 1,7 milhões.
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A conceptualização, o desenvolvimento e a gestão de projecto do m.ticket ficou a cargo da Sendit, uma empresa 100% portuguesa especializada em sistemas integrados para o sector das telecomunicações móveis.
O desenvolvimento das aplicações foi feito pela myAdlab (empresa do grupo Sendit) e os quiosques bCode instalados nos cinemas são de representação exclusiva da Sendit para Portugal.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Patrícia Calé
Nota de redação: O artigo foi atualizado com a informação sobre a Sendit.
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