As especulações que anteciparam o evento de hoje da Apple estavam certas: Steve Jobs apresentou finalmente o novo tablet da marca, apropriadamente baptizado de iPad. Na conferência de imprensa, que ainda decorre, o novo equipamento garantiu a atenção dos jornalistas e a empresa espera que este conceito se revele tão apelativo como o do iPhone.

Na verdade o iPad tem algumas semelhanças com o smartphone da Apple, mas Steve Jobs defende que o produto é muito mais intimista do que um laptop e que supera a capacidade de um smartphone. As imagens já começaram a invadir os sites de notícias, entre as quais a Reuters, que usámos na imagem de destaque, mas também os dos habituais bloggers.

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"O iPad é a nossa tecnologia mais avançada num equipamento mágico e revolucionário, a um preço incrivel", afirmou o CEO da Apple na abertura da conferência, garantindo que este tablet cria e define uma "categoria inteiramente nova que vai ligar os utilizadores às suas aplicações e conteúdos de uma forma mais intimista, intuitiva e divertida do que nunca".

Com um ecrã multitouch de 9,7 polegadas de tecnologia LED retroiluminado, o iPad é potenciado pelo processador A4 da Apple, a 1 Ghz, que conjuga a capacidade de processamento, gráfica e controlador de memória em apenas um chip. A capacidade de armazenamento difere consoante as opções do utilizador, com memória flash de 16, 32 ou 64 GBytes.

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A reduzida espessura do tablet, com apenas 0,5 polegadas (1,27 cm) e um peso de 1,5 onças (cerca de 680 gramas), são dois dos seus pontos fortes, assim como a duração da bateria, que a Apple garante ser de 10 horas.

A nível de conectividade o tablet tem tecnologia Wi-Fi 802.11n e Bluetooth, partilhando com o iPhone a integração de um acelerómetro e uma bússola.

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Em termos de funcionalidades a navegação Web é uma das mais evidentes, com o browser Safari, naturalmente, mas o acesso ao email não foi esquecido, nem a abertura de qualquer aplicação da App Store, desenhadas para o iPhone e o iPod Touch.

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A concorrência com os leitores de eBooks é também evidente podendo facilmente tornar o iPad num livro digital que também lê PDFs. Mas, para optimizar esta utilização a Apple lançou uma ferramenta de software que designa de iBook ara facilitar a leitura e a mudança de páginas, que é acompanhada pela iBook Store, para a qual foi garantido o acordo com cinco das maiores editoras, a Penguin, Harper Collins, Simon and Schuster, MacMillan e Hachette.

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O iBook é uma das 12 novas aplicações especialmente desenhadas para tirar partido do ecrã multi-toque, que não esquece a produtividade com uma versão especial iWork iPad.

Entre as novidades fresquinhas estão os preços, de 499 dólares (cerca de 355 euros) para o modelo de 16GBytes, 599 dólares para o de 32 GBytes e 799 dólares no topo de gama de 64 GBytes. Os modelos com Wi-Fi e 3G, para venda nos Estados Unidos e no mercado internacional, custam mais 130 dólares.

Os novos iPad vão estar à venda daqui a 60 dias nos Estados Unidos e a nível mundial, enquanto os modelos 3G demoram mais um mês e só chegam a alguns "países seleccionados".

O clima de festa que normalmente rodeia os eventos da Apple não é, porém, partilhado por todos. À porta da conferência os membros do grupo anti-DRM Defective by Design protestaram contra os sistemas de protecção que a marca introduz nos seus produtos.

Nota da Redacção: A notícia foi actualizada com mais informação, incluindo o preço e disponibilidade.

[19:51] Actualização com as imagens e nova informação disponibilizada no site da Apple.
[28/01] Foi actualizada a informação relativa ao armazenamento de dados que é feito em memória flash e não em SSD como inicialmente tinha sido referido.