O modelo interativo é o mapa de maior resolução já publicado do planeta Marte, sendo composto por mais de 110 mil imagens do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da NASA, captadas pelas câmaras de contexto, CTX, que são o nome ao resultado final, o Global CTX Mosaic of Mars.

As imagens têm diferentes camadas de dados que podem ser descobertas com classificação da geografia do planeta vermelho e foram produzidas pelo laboratório de Bruce Murray for Planetary Visualization. Demorou seis anos e dezenas de milhares de horas a desenvolver.

Se fosse impresso, o mapa de 5,7 biliões de pixeis seria suficientemente grande para ocupar um estádio de futebol, indica a NASA.  

Apesar do detalhe, que já permitiu o desenvolvimento de muitas investigações científicas, é fácil de utilizar e navegar e pode ser acedido por qualquer pessoa que tenha curiosidade para saber mais sobre Marte. 

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A sonda MRO chegou a marte em 2006 e a câmara CTX já documentou quase todo o planeta vermelho, o que torna as suas imagens um excelente ponto de partida para os cientistas que querem crirar um mapa, mas é como construir um puzzle com milhares de peças.

Para criar o Global CTX Mosaic of Mars foi desenvolvido um algoritmo que permite fazer a reconciliação das imagens com as características captadas. Mesmo assim Jay Dickson, o investigador responsável pela produção de imagens que liderou o projeto no laboratório Bruce Murray ainda teve de colar mais de 13 mil imagens que o algoritmo não identificou.

Entre as paisagens que podem ser visitadas estão a Fossa Medusa, uma região do tamanho da Mongólia, o monte Olimpo, o vulcão mais alto, e a cratera de Jazero, que está a ser explorada pelos robots Curiosity e Perseverance da NASA.

Veja também algumas das imagens captadas no terreno pelo Perseverance das amostras que está a recolher.

O Global CTX Mosaic of Mars pode ser visitado online e os utilizadores podem escolher os locais a visitar, colocar marcas e explorar as várias camadas de dados.