Em plena pandemia, que tem feito a taxa de desemprego a aumentar no país, a Academia de Código quer continuar a mudar a vida das pessoas nesta situação ou em mudança de carreira. Para isso, conta com 14 semanas de formação intensiva em linguagens de programação, com condições para que o esforço financeiro não seja um obstáculo à participação nos bootcamps que vão decorrer entre setembro e dezembro. O período das candidaturas foi agora estendido até 14 de agosto para os bootcamps de Lisboa, Porto e Terceira. Já no caso dos restantes as inscrições terminam a 7 de agosto.

A startup portuguesa uniu-se a municípios, governos regionais, empresas locais e recentemente ao Banco Montepio para democratizar o acesso à formação para maiores de 18 anos, numa área onde há escassez de profissionais. “Queremos democratizar a oportunidade de acesso a emprego, especialmente agora que o panorama económico e social em Portugal e no mundo não é favorável devido à crise da COVID-19", explica em comunicado João Magalhães, CEO da Academia de Código.

120 vagas em aberto para os próximos bootcamps

Os alunos que se candidatarem aos bootcamps de Lisboa e Porto podem beneficiar da linha de crédito Code Academy do Banco Montepio, criada especialmente para estes bootcamps e que cobre até mais de 70% do valor. Para além de grande parte do valor do bootcamp ser coberto pelo financiamento, os alunos só iniciam o pagamento do empréstimo seis meses após o início do curso, ou seja, quase três meses depois de o terminar e, podendo eventualmente estar já a receber ordenado.

Em Aveiro o bootcamp já se encontra esgotado. É gratuito para os futuros programadores que aceitarem trabalhar nas organizações parceiras da região graças à parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Aveiro e as empresas de TICE sediadas na região e futuras empregadoras dos alunos.

Na Ilha Terceira, onde ainda faltam preencher as últimas vagas, a situação é semelhante, com a diferença que é exigida a residência fiscal no arquipélago para beneficiar do apoio. Neste caso, trata-se de uma iniciativa conjunta com o projeto Terceira Tech Island, ao abrigo do programa e incentivos do Governo Regional dos Açores para dinamizar a economia local e fixar talento nas ilhas. Nos termos do acordo, os futuros programadores terão que trabalhar pelo menos 12 meses em empresas sediadas em qualquer uma das nove ilhas do arquipélago.

O bootcamp do Fundão é gratuito graças à parceria com a Autarquia, ao Instituto de la Juventud de Castilla y León e a fundos europeus.

Lançada em 2015, a Academia de Código é uma startup portuguesa que conta com mais de 47 bootcamps concluídos e que já formaram 921 "mentes brilhantes no desemprego". A empresa afirma que a taxa de empregabilidade é de 95%.

Nota de redação: A notícia foi atualizada a 6 de agosto pelas 11h50, com o prazo de candidaturas estendido até 14 de agosto para os bootcamps de de Lisboa, Porto e Terceira.