Por cá, o leilão que permitirá achar os vencedores da corrida ao espectro disponível para lançar serviços da chamada quarta geração móvel só acontecerá no final do ano. Na maioria dos países da Europa também ainda há algum caminho a percorrer, até que o 3G passe à reforma. Mesmo assim o sucessor da actual tecnologia móvel escolhido para a região - a norma LTE: Long Term Evolution - está nas bocas do mundo e na sala de testes de operadores por todo o mundo.
E se interessa às comunicações móveis, teve destaca no congresso mundial que esta semana decorreu em Barcelona. Desde experiências, a equipamentos muito foi mostrado ou comunicado no Mobile World Congress em torno da tecnologia.
Ficam alguns apontamentos sobre o posicionamento das marcas que primeiro querem assegurar dispositivos para navegar no 4G e os fabricantes que disputam liderança no desenvolvimento das infra-estruturas e tecnologias de suporte.
A Toshiba foi uma das fabricantes que aproveitou o Mobile World Congress para mostrar uma máquina com suporte para LTE. O equipamento que desfilou em Barcelona foi uma versão do ultra portátil Satellite T130 com um módulo da nova tecnologia integrado, ainda sem data para chegar ao mercado. Na versão comercializada, o T130 é um equipamento com ecrã de 13,3 polegadas de ecrã e pouco mais de um quilo e meio de peso.
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Em Portugal está à venda por 699 euros com um módulo 3G integrado, longe de poder oferecer os mais de 100 Mbps que a evolução da tecnologia tem condições para assegurar.
A Samsung seguiu a mesma estratégia e usou Barcelona para revelar o seu primeiro esforço a pensar na quarta geração móvel, mas com data mais alinhada para chegar ao mercado. O N150 na versão 4G deverá estar à venda no final deste ano - o preço não foi revelado - e será certamente um dos primeiros portáteis do mundo a poder tirar partido do acesso à Internet fornecido por redes LTE.
O equipamento terá suporte para LTE mas também para 3G e alterna entre as duas tecnologias, consoante a cobertura em cada zona, para assegurar que o utilizador não fica "sem rede". O N150 conta com um ecrã de 10,1 polegadas, processador Atom a 1,66 GHz, 1 GB de RAM e disco de 160 ou 250 GB. A autonomia, depois de algum trabalho de optimização da performance de processamento a par com a utilização das tecnologias da fabricante, atinge cerca de 8,5 horas, assegura a empresa em comunicado. O tempo é ainda assim menor que o assegurado na versão 3G do portátil (10 horas).
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Embora apenas as duas fabricantes tenham arriscado dar a experimentar no evento equipamentos já com suporte para LTE, a tecnologia conseguiu um destaque bem mais expressivo em Barcelona.
A Ericsson foi uma das protagonistas de novidades ao nível da rede, levando à feira uma demonstração que permitiu ver a chamada quarta geração móvel a processar dados a 1 gigabit por segundo no downlink. Um recorde mundial de velocidade e uma conquista na redução no período de latência da ligação, apregoou a empresa, que utilizou tecnologia MultiCarrier MIMO (ou Multiple-Input-Multiple-Output), a correr sobre hardware Ericsson para mostrar resultados da experiência.
A fabricante assegura já cinco acordos globais para o desenvolvimento de infra-estruturas deste tipo: com a AT&T, MetroPCS e a Verizon nos Estados Unidos, Telia Sonera na Suécia e Noruega e DoCoMo no Japão.
Na Europa a empresa está, aliás, ligada aos primeiros lançamentos comerciais da tecnologia que aconteceram no final do ano passado, dirigidas ainda apenas à componente de dados no PC.
A Alcatel também levou à feira de Barcelona várias novidades em torno da tecnologia Long Term Evolution. Uma delas foi a nota de que realizou com sucesso as primeiras chamadas em 4G no quadro de testes de laboratório da tecnologia.
Esta experiência foi realizada em parceria com a Telefónica na América Latina, que acolheu os testes no seu laboratório. Outros 40 ensaios à tecnologia em clientes já estão na agenda da fabricante, como foi relevado também na altura.
Uma das outras empresas a testar a tecnologia da empresa foi a Orange que realizou testes "com uma rede em modo operacional". A experiência foi realizada em França e já saiu do laboratório para o exterior (numa pequena rede de testes) permitindo à empresa experimentar a tecnologia em ambiente real e começar a testar os serviços que esta pode suportar.
Na feira a Alcatel-Lucent também anunciou contratos de peso nesta área. O mais relevante é o acordo com a AT&T, que se junta ao já anunciado acordo com a Verizon.
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Fechamos esta breve retrospectiva com a Motorola que revelou a sua visão sobre o futuro das comunicações móveis num encontro com a imprensa em Barcelona. Aí considerou que o LTE é uma tecnologia com enorme potencial para fazer evoluir as comunicações móveis e assegurar o suporte a uma maior multiplicidade de aplicações e serviços.
A fabricante está também envolvida no desenvolvimento de um chip que não estará disponível até 2011 e que junta o suporte a duas promissoras tecnologias no futuro da banda larga: LTE e WiMax. O desenvolvimento do Bcs500 está a ser liderado pela Beceem.
Nota de redacção: Informação corrigida. Na explicação da sigla MIMO que estava ligada à definição Multiple-Input-Multiple-Output com um e quando deveria ser com ou.
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