Sabemos de onde pode estar a reconhecer esta temática, principalmente se vive na área da “grande” Lisboa: são as trotinetes elétricas que dão corpo à mais recente “moda” de transportes pessoais elétricos na cidade em Portugal, com vários serviços e plataformas que estão a “semear” veículos do género em todo o lado, passamos a expressão.
Basta encontrar uma trotinete, ativá-la usando a app instalada no smartphone e já está. Até a MyTaxi e a Uber já andam “metidas” neste negócio…
Mas o nosso propósito neste artigo não passa por abordar este tipo de serviço de partilha de trotinetes elétricas, nem os modelos que são usados por estas empresas. O que fizemos foi reunir na galeria abaixo as mais interessantes trotinetes elétricas, com diferentes preços – são as trotinetes do género que pode comprar direta e livremente, para uso pessoa, para que se possa fazer transportar de forma divertida e “limpa”.
Numa altura em que tudo indica que o Governo está a avançar com legislação de apoio à mobilidade elétrica, aparentemente focada nas bicicletas elétricas, vale a pena olhar para estas alternativas com um novo olhar.
Conheça os detalhes das trotinetas elétricas que escolhemos clicando nas imagens
Devemos lembrar porém que estas populares trotinetes elétricas, no fundo, não são assim tão “livres”. Isto porque existem ainda algumas lacunas ao nível das legislações que têm como missão fazer com que o uso destes gadgets possa acontecer em segurança para todos.
Sabia que, à partida, não pode andar de trotinete elétrica no passeio? Isto faz com que praticamente toda a gente as use, por vezes, de forma ilegal.
E a lei o que diz sobre as trotinetes?
Uma trotinete elétrica “cabe” no tipo de veículos conhecidos como PLEV (Personal Light Electric Vehicles), isto recorrendo à sigla inglesa que designa estes meios de transporte, leves e com motor elétrico (e bateria). Para já, as trotinetes elétricas são encaradas pelo Código da Estrada português como se fossem bicicletas.
O utilizador não tem obrigatoriamente de registar a trotinete quando a compra, ou fazer um seguro (é aconselhável…), mas também não pode usá-la de forma totalmente livre na via pública: tem de usar as estradas e/ou as ciclovias (ou caminhos públicos equivalentes), visto que há equiparação a uma bicicleta, elétrica ou não, como já referimos. Assim, é obrigatório o uso do capacete.
Como José Miguel Trigoso disse recentemente à TSF Online, "o que está a falhar é que as pessoas não cumprem a lei. Basta andarem numa trotinete elétrica na via pública sem capacete e já não estão a cumprir a lei”.
O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa é da opinião de que se deve alterar as leis e passar a existir mais fiscalização. Acima de tudo, para evitar acidentes... E defende ainda que o seguro de responsabilidade civil seja obrigatório.
Efetivamente, as trotinetes elétricas podem alcançar boas velocidades em terrenos planos ou a descer. Logo, o perigo de queda é elevado, aumentado o perigo para o utilizador, que pode até nem ter grande destreza para controlar o veículo.
Depois, circulando no passeio são um perigo para os peões, sem dúvida; por outro lado, se puderem apenas circular nas estradas, o risco de acidente sobe exponencialmente, prejudicando todas as partes envolvida, em teoria.
Solução? Ajustar o enquadramento jurídico das trotinetes elétricas, tal como se está a fazer com outro fenómeno tecnológico dos tempos que correm, os drones. Vejamos o que acontece durante este “longo” ano de 2019.
Até lá, mantenha-se informado das regras, proteja-se, tenha cuidado para não magoar e/ou incomodar quem o rodeia. Mas, acima de tudo, divirta-se com um dos oito modelos sugeridos na galeria acima!
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