Os investigadores recorreram ao rádio telescópio Max-Planck em Effelsberg, Alemanha, e ao CSIRO em Parkes, Austrália, e combinaram a informação recolhida para produzir o mapa HI4PI, detalhando o principal componente das estrelas e galáxias, o hidrogénio atómico neutro. A informação está publicada no ICRAR.
O projeto exigiu mais de um milhão de observações individuais e dezenas de milhar de milhões de pontos de dados individuais, mas os cientistas contaram ainda com o desenvolvimento de algoritmos complexos para "limpar" cada informação de interferências humanas, como o barulho de rádio produzido por telemóveis e estações de transmissão de TV que baralham as emissões das estrelas e galáxias do universo.
Já havia estudos anteriores que usavam o hidrogénio atómico neutro mas este novo mapa representa um avanço a nível de sensibilidade e de resolução angular, e detalha pela primeira vez as estruturas entre estrelas na Via Láctea, explicam os cientistas.
"Pequenas estrelas tornam-se visíveis que parecem ter estado na formação das estrelas na Via Láctea há milhares de milhões de anos. Este objetos são demasiado pequenos para serem detetados mesmo em outras galáxias mais próximas de nós", adianta Benjamin Winkel do Max Planck Institute for Radio Astronomy.
Os dados do HI4PI vão ser disponibilizados de forma aberta à comunidade científica através do centro de dados astronómico de Estrasburgo e podem ajudar a clarificar a forma como se analisam outras formações de estrelas no Universo.
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