Tal é resultado de uma iniciativa lançada pela gigante dos processadores na abertura da CES 2014, realizada em janeiro, denominada "Make It Wearable". Na altura a Intel chamava a atenção para este novo mundo que faz cruzar o digital com o humano, cada vez mais próximo.

O CEO da Intel Brian Krzanich apresentou os projetos da empresa nesta área, que muitas vezes passam pelo desenvolvimento de tecnologia que está a ser utilizada por parceiros de diferentes setores.

Além das várias parcerias anunciadas, a Intel apresentou o desafio "Make it Wearable" que, como o nome deixa adivinhar, pretende incentivar a inovação na área da chamada "tecnologia de vestir", mas entre "particulares".

Durante este tempo, a iniciativa da Intel recebeu milhares de propostas que, neste momento estão reduzidas a 10 finalistas. Cada um dos projetos já teve direito a 50 mil dólares por chegar até esta fase e teve também o direito a ser acompanhado e aconselhado por peritos do setor, por forma a ganhar mais consistência.

Dos 10 finalistas sairá um grande vencedor, com um prémio de 500 mil dólares, enquanto os projetos classificados em segundo e terceiro recebem, respetivamente, 200 mil e 100 mil dólares.

As 10 propostas cobrem várias áreas tendo sido divididas em três categorias: Bem-estar, Saúde e Outros. É dentro destas categorias que vamos conhecer um pouco cada uma delas.

Bem-estar

A área do Bem-estar é a mais concorrida das três que ficaram a concurso. Já imaginou poder ver aquilo que Cristiano Ronaldo vê no campo de jogo quando se posiciona para marcar mais um dos seus livres diretos? A proposta é de dois catalães (talvez tivesse sido melhor falar no Messi como exemplo…) e leva o nome de First V1sion.

A ideia é materializar um sistema de broadcasting numa camisola que possa mostrar o ponto de vista do jogador ou desportista, em atividades que vão desde o futebol ao ténis.

Desenhado por uma equipa do Reino Unido, o vumbl é um colar que monitoriza informação vital do utilizador que pode ser transmitida através de um simples toque, para que não haja distrações face ao ambiente circundante.

A Snowcookie foi concebida na Polónia e tem por objetivo transformar os seus utilizadores em melhores esquiadores ou snowboarders, atendo a questões de técnica e de segurança.

Dos Estados Unidos vem a Wristify, uma pulseira capaz de refrescar o mais quente dos seres com os seus "cubos de gelo" virtuais. O vídeo pode dar uma ajuda para entender a tecnologia.

Saúde

Entre as ideias que chegaram ao grupo de finalistas do Make IT Wearable na área da Saúde está a BABYBE, proposta por dois chilenos, uma espécie de "incubadora inteligente" que assenta num colchão biónico destinado a permitir o contacto físico entre um bebé prematuro e a sua mãe.

Joel Gibbard e Sammy Payne, do Reino Unido, propõem a Open Bionics, uma mão robótica de baixo custo capaz de replicar funcionalidades avançadas específicas, servindo, por exemplo como prótese.

A relação entre mãe e filho está novamente em destaque num outro projeto finalista do concurso da Intel: o Babyguard.
Este sistema pode ser usado antes mesmo do bebé nascer, permitindo à mãe monitorizar os movimentos fetais.

Outros

Da categoria Outros faz parte um projeto de que o TeK já falou: a Nixie, uma pulseira wearable que levanta voo para se transformar num drone fotógrafo.

No grupo de outras propostas wearable do concurso da Intel faz igualmente parte a ProGlove, uma luva com sensores integrados, destinada à utilização por trabalhadores fabris.

A Blocks é uma plataforma de hardware e software aberto que tem por base o conceito de modularidade. Na prática, transforma-se num smartwatch modular em que cada bloco pode ser um sensor, um mostrador, um processador ou uma bateria.

A combinação fica a cargo do utilizador, consoante as suas necessidades e gostos. É ver o vídeo para perceber melhor.

Projetos apresentados, resta referir que o grande vencedor do concurso Make it Wearable, da Intel, é conhecido no próximo dia 3 de novembro.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico