Está em marcha a primeira fase de entrega das declarações anuais de impostos. No início do mês começaram as entregas em papel. No próximo mês avança a entrega online, também para os contribuintes da primeira fase.
A entrega das declarações para os contribuintes da segunda fase arranca em Abril, para quem pretenda usar a via tradicional, em papel, e em Maio para quem escolhe o suporte online. Numa e noutra fase, os contribuintes que optem pela versão online têm a garantia de recebimento antecipado da liquidação (se houver lugar a reembolso). Tal como aconteceu no ano passado, nos 30 dias a seguir à entrega da declaração.
Introduzida no ano passado, a medida ajudou a aumentar o número de contribuintes que usam o canal online para cumprir esta obrigação fiscal e a opção passou a ser usada por 80 por cento dos contribuintes.
Quem escolhe esta modalidade tem à disposição o simulador da Direcção Geral de Contribuições e Impostos, na sua área pessoal (acessível através de senha) do Portal das Finanças, que permite preencher dados - contando com o sistema de pré-preenchimento de alguma da informação já na posse dos serviços públicos - e conferir desde logo valores a pagar, ou a receber.
No entanto, há mais ferramentas disponíveis para quem quer conhecer antecipadamente as contas que tem a acertar com o Estado. Passamos algumas delas em revista e pedimos mais sugestões, a quem as tenha e veja nelas uma boa alternativa ao simulador das Finanças.
Começamos pelo Modelo 3 que pretende ser uma ferramenta de apoio à gestão das finanças para lá do fim do ano fiscal dos contribuintes. Para usar a ferramenta, que não exige a instalação de software, deve começar por juntar todas as facturas que entram nas contas (um procedimento que vale, claro, para qualquer ferramenta). À medida que vai fazendo a introdução de itens no sistema deve escolher as opções rendimento ou dedução, clicando em botões específicos na aplicação para rendimento ou dedução.
Enquanto a declaração vai sendo preenchida, o utilizador vai sendo informado de quanto tem a receber ou a pagar e dos limites de deduções aplicáveis, facilitando a compreensão dos limites existentes para cada categoria.
Quando o preenchimento estiver terminado é gerado um ficheiro que o utilizador deve submeter no Portal das Finanças e que só será aceite se os dados introduzidos forem iguais àqueles que os serviços já tenham na sua posse.
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Com uma lógica idêntica está também disponível o IRX. Esta nova ferramenta, disponível para diversas versões Windows, incluindo Windows 7, promete uma forma rápida e simples de importar, calcular, simular, analisar, comparar e entregar a declaração anual de impostos.
A organização da plataforma em três únicas secções: informação do agregado, rendimentos e despesas visa facilitar a apresentação e visualização de dados, evitando que o utilizador tenha de saltar de anexo em anexo e tenha acesso, numa mesma tabela, a todos os rendimentos listados.
Quem optar pelo IRX terá acesso ao preenchimento automático de alguma informação, relativa a dados de acesso público - alojados na base de dados IRX ou puxados através de webservices. Pode também sincronizar com a aplicação das finanças para importar os dados pré-preenchidos que teria à disposição se usasse a ferramenta disponibilizada pelo Estado. Para activar esta função terá de fornecer os dados de acesso ao Portal das Finanças (NIF e password) - uma opção que fica por sua conta e risco...
A entrega da declaração preenchida, com rendimentos e deduções calculadas com o apoio da ferramenta, pode ser feita online ou em papel, com a impressão da informação reunida nos modelos oficiais.
O IRX está disponível em licenças para um agregado familiar; 30 a 500 agregados familiares (profissional) ou para um número ilimitado de agregados (empresarial).
Para ter acesso a uma licença de agregado familiar gratuita há várias possibilidades: tornar-se fã do IRX no Facebook; ser assinante do jornal Informador Fiscal ou enviando um email para os contactos do site pedindo uma licença.
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No blog de finanças "Pedro e o blog" também volta este ano a existir uma ferramenta de acesso gratuito que pode ajudar. Francisco Mesquita é o autor desta ferramenta, mais simples e menos abrangente que os exemplos anteriores, mas que pode ser igualmente útil para fazer algumas contas.
Explica-se no blog que a ferramenta dirige-se aos contribuintes com rendimentos da categoria A, H e J. Ou seja, aos trabalhadores dependentes, beneficiários de pensões ou de rendimentos obtidos no estrangeiro e não residentes.
No domínio das ferramentas de acesso pago também há opções a considerar se pretende passar a ter uma visão mais esquematizada das despesas e receitas que ao longo do ano vai acumulando e que têm impacto nas contas a ajustar com o Estado, quando chega a altura de apresentar a declaração de IRS.
O IRSCalc da Jurinfor é uma das ferramentas mais antigas do mercado, actualizada todos os anos, e que aposta nesta lógica que acompanhamento anual das finanças do contribuinte.
A versão familiar do produto é a proposta de entrada do IRSCalc, disponível para um máximo de 20 agregados familiares por um preço a partir de 16,50 euros para a compra online.
A ferramenta permite não só apurar dados para saber antecipadamente valores a liquidar - gerando um ficheiro offline que pode ser enviado por email, por exemplo, ou preencher a declaração para entrega, por via electrónica ou em papel.
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