![Sugestão TeK: Movimentos para estimular a democracia participativa](/assets/img/blank.png)
Incentivar a democracia participativa é o objetivo confessado da área "O meu movimento" que foi criada no âmbito do novo site do Governo, apresentado em janeiro, que dá destaque também aos media sociais e à integração no Facebook.
Em cerca de dois meses foram criados mais de mil movimentos, com propostas de cidadãos (tratados na maioria dos casos pelo nome próprio) em áreas bastante diversas, demonstrando a pluralidade de interesses e iniciativas. O texto declarativo é um elemento obrigatório para expor as ideias, mas alguns incluem também vídeos, com as imagens a valerem por mil palavras.
Mas nem todos os movimentos conquistaram o mesmo tipo de interesse.
Apesar da dinamização nas redes sociais, os movimentos criados conseguiram pouco mais de 16.200 apoiantes, e há algumas iniciativas que não conquistaram nenhum apoio... O sistema de identificação no portal - que obriga a um registo no site ou à ligação ao perfil do Facebook -, por não ter ajudado a uma maior participação, apesar de garantir maior credibilidade aos votos conquistados.
Os sete movimentos mais votados foram identificados a 1 de Março e esta semana os criadores apresentaram-se a público num debate para exporem as suas ideias. É nestes que vale a pena votar até amanhã à meia-noite, porque entre eles será escolhido o que apresentará o "seu" movimento ao Primeiro-ministro, numa audiência que ainda não tem data marcada.
São estes sete movimentos que convidamos os leitores do TeK a conhecer melhor, especialmente o movimento do Emanuel, que defende um reforço da presença da disciplina de TIC no ensino. A ordem de apresentação é definida pelo número de apoiantes já conseguidos.
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[caption][/caption]O líder destacado (em apoiantes) é o movimento de Sérgio, que defende a abolição das corridas de touros e a dignificação da condição humana e animal. Criado logo a 10 de janeiro, o texto de apresentação afirma que este é um espetáculo pouco digno e que já são proibidas as touradas em várias nações europeias, como a Dinamarca, Alemanha, Itália ou Inglaterra.
"O meu movimento pretende contribuir para o progresso civilizacional da nossa sociedade, para a sua pacificação e para a valorização de outras práticas festivas, lúdicas e pacíficas que acontecem no nosso país e que merecem ser valorizadas", refere a apresentação.
Apesar da atual conjuntura económica, e de estar desempregado, Sérgio não abdica da defesa desta causa, que considera prioritária.
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Em segundo lugar na lista dos mais votados está o movimento que faz a defesa da disciplina de Educação Visual e Tecnológica (EVT), apresentado pela Associação dos Professores de EVT (Apevt).
Os planos de reestruturação da disciplina, que foi criada na reforma curricular de 1991, são contestados e a associação pretende que o Governo recue nesta matéria. O movimento destaca a importância desta disciplina para a formação dos alunos como cidadãos.
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Também de cariz "profissional" o movimento da Tânia pretende a regulamentação da profissão de psicomotricista - que apoia um leque de pessoas de várias idades com diferentes tipos de dificuldades, desde crianças precoces ou com dificuldades na aprendizagem, abrangendo a reabilitação social e saúde mental.
O movimento já foi apresentado a membros dos ministérios da Saúde e da Educação, mas acredita que a audiência com o Primeiro-ministro pode dar o impulso necessário para atingir o objetivo.
[caption][/caption]Os animais voltam a estar em destaque no Movimento da Ana, que pretende abolir a sua utilização em circos. Reunindo 1.850 apoiantes à hora de publicação deste artigo, este movimento defende, tal como o do Sérgio, a dignidade dos animais e elenca a violência a que estes são expostos nos treinos e na sua "submissão" às condições exigidas para os espetáculos.
Na área da educação há ainda dois movimentos que conseguiram um número elevado de apoiantes: o movimento do João e o movimento do Emanuel.
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"A escola é para ensinar. A família educa" é o tema de base do movimento do João, onde se defende que não se pode transferir para a escola (e os professores) as responsabilidades que pertencem à família, cabendo a estas a transmissão dos valores.
Lembrando que o "nosso futuro depende dos conhecimentos que sejam adquiridos na escola", o movimento afirma que os professores devem ser protegidos na função de ensinar.
Por isso, João defende que a educação na escola se restrinja apenas aos casos de famílias destruturadas, que não têm possibilidade de acompanhar os filhos.
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Professor de profissão, Emanuel criou o seu movimento pelas Tecnologias da Informação e Comunicação a 11 de janeiro e conta com pouco mais de mil apoiantes, que subscrevem a sua defesa do reforço do ensino de TIC nas escolas, logo a partir do 5º ano de escolaridade.
Entre "nativos digitais" e "imigrantes digitais", Emanuel acredita existir alguma incompreensão em relação a esta disciplina que dota os alunos de ferramentas essenciais para a competitividade.
O tema é mais próximo das matérias abordadas pelo TeK e por isso merece maior desenvolvimento numa entrevista que vamos publicar ainda hoje, onde Emanuel Teixeira responde às perguntas que colocámos sobre os objetivos da iniciativa e a sua continuidade.
[caption][/caption]Por último um movimento escrito a duas mãos, por dois irmãos, Luís e João, que subscrevem a frase "Não tenho que emigrar para me formar!". Na explicação do movimento cabe a descrição clara da necessidade de criar vagas suplementares em alguns cursos superiores para responder à procura de alunos que se sentem obrigados a emigrar para seguirem o seu sonho.
A solução defendida passa pela criação dessas vagas, que seriam suportadas financeiramente pelos alunos, desde que tivessem algumas das condições de base, como a licenciatura em área adequada.
Mais detalhes sobre cada uma das propostas podem ser obtidos diretamente nas páginas dos movimentos, onde há textos e também vídeos.
Os votos e partilhas são válidos até amanhã e depois será feita a contabilização do movimento que ganha a audiência com o Primeiro-ministro.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Nota da Redação: Depois de encerradas as votações o movimento do Sérgio ganhou a possibilidade de apresentar a sua iniciativa ao Primeiro-ministro.
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