Os investigadores da empresa de cibersegurança explicam que além de questões como menor reconhecimento da marca, ou as tecnologias de telecomunicações concorrentes, os smartphones Android baratos costumam deixar a desejar no que toca à segurança e à privacidade dos dados.
Na categoria de smartphones económicos surgem frequentemente modelos com versões mais antigas do Android que recebem atualizações de funcionalidades ou de segurança tardiamente ou que já não têm suporte às mesmas.
Note-se que nem tudo é igual no universo Android. Em comparação com o iOS, onde a Apple tem controlo sobre todo o ecossistema, as diferentes fabricantes de smartphones Android têm poder para definir como usam o sistema operativo.
Muitas optam por personalizar o Android, com skins que adicionam ferramentas e funcionalidades às interfaces. Tal significa que quando é lançada uma nova versão do sistema operativo pela Google, a disponibilização não é imediata, pois as marcas têm de fazer primeiro adaptações.
É necessário ter em conta que nem todas as marcas de smartphones Android garantem o mesmo período de suporte a atualizações. Outras marcas têm também os seus próprios sistemas operativos, como a Huawei com o HarmonyOS, largamente baseado no Android Open-Source Project (AOSP).
Os utilizadores de smartphones Android contam também com mais uma camada de segurança através da Play Store e das salvaguardas Play Protect. Ao todo, a Play Store da Google conta com mais de 2,6 milhões de aplicações. Mas a loja digital da gigante de Mountain View não é o único local onde é possível descarregar apps e existem lojas não oficiais onde a segurança nem sempre é garantida.
Os especialistas da ESET indicam que a utilização destas lojas ou de outros locais não controlados pode ser tentadora, uma vez que apresentam apps que não estão disponíveis pelos canais oficiais ou até alternativas de código aberto que contornam restrições locais.
Embora algumas lojas deste tipo possam ser adequadamente regulamentadas e até geridas por empresas legítimas, os investigadores realçam que existem também centenas de lojas de apps com processos de verificação menos rigorosos, ou mesmo inexistentes.
A ESET detalha ainda que, da mesma forma que existem apps falsas, atualizações e lojas criadas para levar as vítimas a descarregar malware, perigos semelhantes podem surgir em smartphones baratos fabricados por marcas menos conhecidas.
Equipamentos com ameaças incorporadas no firmware podem ser encontrados a preços baixos em plataformas de eCommerce como Alibaba e Amazon. Mas as ameaças vão mais longe, afetando equipamentos distribuídos, por exemplo, em países africanos, mas também nos Estados Unidos.
Para evitar “surpresas” desagradáveis quando comprar um novo smartphone com preço mais barato deve prestar atenção a vários fatores. Entre eles incluem-se a marca; o local onde pretende comprar o equipamento e a sua origem, e o suporte a atualizações de funcionalidades e segurança.
Deverá apenas descarregar aplicações de lojas oficiais, mantendo-se atento a quem as desenvolveu e às reviews. Em caso de dúvida, não hesite em fazer uma pesquisa online antes de descarregar. Não se esqueça: é importante proteger o smartphone com uma solução de segurança adequada que permita fazer face às mais recentes ameaças do mundo online.
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