É já hoje que serão conhecidos os projetos vencedores da 9ª edição do programa Apps for Good, uma iniciativa organizada pelo CDI Portugal, onde jovens estudantes têm a oportunidade de apresentar soluções tecnológicas concebidas para resolver problemas sociais, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Nesta edição, que reuniu projetos de todo o país, através dos Encontros Regionais Norte, Centro-Sul e Madeira, e Açores, foram selecionadas 25 equipas finalistas: 25 que fazem parte da Linha 1.0, que participam pela primeira vez na competição ainda três da Linha 2.0, que que voltam a competir com a mesma ou uma nova solução.
João Baracho, Diretor-Executivo do CDI Portugal, explica ao SAPO TEK que esta nova dinâmica nas equipas finalistas segue apelos de professores, sobretudo das escolas profissionais, e da Direção-Geral da Educação, expandindo as oportunidades de participação para os jovens,
“Decidimos abrir o 2.0 que, na prática, é a competição dos veteranos, à parte para não ser injusto e para os que participam pela primeira vez terem as mesmas hipóteses”, afirma João Baracho.
No que toca aos projetos que concorrem na final da 9ª edição do Apps for Good, o Diretor-Executivo do CDI Portugal realça que, este ano, as temáticas que marcam as soluções tecnológicas estão “muito bem distribuídas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Da erradicação da fome à saúde e educação de qualidade, sem esquecer o trabalho digno, crescimento económico e redução das desigualdades, há uma variedade de temas que marcam as apps a jogo, com foco também na ação climática e no ambiente, duas categorias apoiadas pela Galp e BNP Paribas, respetivamente.
Recorde-se que, no ano passado, 22 equipas de jovens defenderam as suas ideias para mudar o mundo no palco da Fundação Calouste Gulbenkian, com um total de 12 prémios atribuídos e com as aplicações Collect Oil e +PorSi a alcançarem os primeiros lugares do “pódio” do Ensino Básico e Secundário, respetivamente.
Clique nas imagens para recordar os vencedores da 8ª edição do Apps for Good
Um impacto que se estende além dos alunos e professores
De acordo com dados avançados pelo CDI Portugal, desde 2014 que a iniciativa já envolveu mais de 26.000 alunos do 5º ao 12º ano e 1.724 professores de diferentes áreas disciplinares, vindos de 652 escolas públicas e privadas em Portugal, Angola, França e Timor-Leste e escolas associadas a Estabelecimentos Prisionais.
Para lá dos alunos, João Baracho afirma que o CDI Portugal foi surpreendido com o impacto que o programa consegue ter nos professores, cuja motivação para participar, incluindo nas formações da organização, é grande. “As nossas formações estão sempre lotadas e têm sempre muitos professores”, realça. “Esse continua a ser um dos grandes sucessos do programa e um dos grandes impactos do programa”.
“Apesar do trabalho extra que os professores acabam por ter, numa altura difícil em que se luta muito pela dignificação da sua carreira, eles vêm aqui e aprendem novas metodologias para lidar com os alunos”, afirma João Baracho.
Outro dos aspectos que continua a surpreender o CDI Portugal é “nível crescente das soluções e pela qualidade das equipas”. “Uma das coisas que o júri do concurso tem vindo a salientar é a evolução ao longo dos anos da qualidade e diversidade das soluções e da qualidade dos próprios alunos, da sua proatividade, apresentação e dos pitches”, detalha o responsável.
“Surpreende-nos sempre a adesão das equipas e dos professores, na competição e nos encontros regionais, que bateram o recorde de presença de equipas, com cerca de 100 equipas no Norte e um pouco mais de 50 equipas no Sul”, enfatiza o Diretor-Executivo do CDI Portugal.
Mas o impacto do programa Apps for Good vai mais além. “Nós vamos divulgando o mais que conseguimos e o que acontece é que as pessoas vão sendo um bocadinho contagiadas: dos nossos parceiros aos colaboradores dos nossos parceiros”. As famílias dos jovens que participam não são uma exceção à regra e, como afirma o responsável, “os pais que vêm aos eventos ficam admiradíssimos com o que os filhos conseguem fazer”.
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