Um estudo recentemente publicado pela Strategy Analytics concluía que os dispositivos da Samsung são populares, mas não as suas aplicações. O software da casa e a sua loja de aplicações não consegue cativar os utilizadores. Mas no meio deste "campo de guerra" houve um "soldado" português que conseguiu resistir: a aplicação LiveSoccer da Present Technologies conseguiu mais de 100 mil downloads.
Foi por este motivo, pela prova de conceito e de mercado que a aplicação conseguiu dar, que Victor Batista, cofundador da empresa, decidiu apostar no Android de forma mais ampla. Isso e porque o contrato de exclusividade com a empresa sul-coreana terminou.
A parceria entre as duas partes foi feita através do gigante britânico Preform Group, isto depois de o LiveSoccer ter sido primeiramente pensado para os ingleses. Acabaria por ir para a loja da Samsung e em troca da aplicação, a mesma receberia destaque na lojas em vários países, algo que acabaria por contribuir para o sucesso da mesma.
A LiveSoccer, uma aplicação de informação ao minuto sobre resultados de futebol, está agora também disponível no Google Play, numa versão que é apresentada como sendo dedicada ao mundial do Brasil.
A versão para iOS está para breve e para Windows Phone ainda não se sabe se irá existir porque “não tem massa para o retorno”, analisou Victor Batista. Mas a Present Technologies está em conversações com a Microsoft, também para perceber qual a estratégia agora que também tem smartphones Android.
Dos planos futuros da tecnológica de Coimbra destaca-se a aposta nos wearable. A Present Technologies quer levar a LiveSoccer para os Google Glass e antes para os relógios inteligentes da Samsung, os Gear. Apesar de o desenvolvimento ainda estar a ser estudado, Victor Batista e Ricardo Fonseca revelaram ao TeK que esperam ter a app pronta ainda durante o terceiro trimestre do ano. A acontecer será uma das primeiras, se não mesmo a primeira, aplicação portuguesa para wearable.
Para estes dispositivos o LiveSoccer vai ser essencialmente uma aplicação de informação crítica, mostrando no pulso os resultados em direto de uma determinada equipa de futebol e os momentos mais importantes do jogo. Como salientou Ricardo Fonseca “o importante é não transportar apenas a aplicação para os wearable, mas sabe-la adaptar a essa ambiente”.
Victor Batista está convencido que os wearable vão ter sucesso na área da informação crítica, mas não vão ser tão massificados como os smartphones por exemplo. Mas a qualquer momento o mercado pode mudar. Ricardo Fonseca, da equipa de comunicação da empresa, deu o exemplo do Moto 360 e de como o design atrativo do equipamento pode cativar os consumidores.
Resumindo a ideia, a Present Technologies está à procura do próximo milhão de utilizadores, apostando nos mercados onde eles podem de facto surgir. A empresa também tem no roteiro o desenvolvimento da aplicação para Smart Tvs, esperando poder fazer novamente parceria com a Samsung e com outras empresas do sector.
A aposta da tecnológica de Coimbra na área do consumo tem apenas dois anos, pouco tempo considerando os 14 anos de vida da empresa que se apresenta como uma software house. Um dos projetos mais generalistas e de maior impacto no qual estão a trabalhar chama-se Phune, uma plataforma de jogos casuais, multiplayer e multi plataforma.
O projeto foi apresentado no SAPO Codebits à comunidade de programadores participante para pudessem tirar partido da plataforma Phune. A Present Technologies tem trabalhado de perto com o SAPO Labs em algumas parcerias, há cerca de um ano, e Victor Batista espera que as duas partes possam continuar a desenvolver a colaboração conjunta.
Nota de redação: foram feitas alterações no texto para clarificar as ideias do projeto
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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