O estado norte-americano do Colorado multou a Uber em 8,9 milhões de dólares depois de ter descoberto que a empresa permitiu a agregação de motoristas com um registo criminal incompatível. De acordo com a Reuters, algumas das pessoas visadas neste processo tinha, inclusivamente, a carta de condução inválida. Em resposta, a tecnológica norte-americana já explicou que houve um erro no processo de verificação de antecedentes.
Ao todo, a Comissão de Serviços Públicos do Colorado (PUC) diz que foram detetados 32 condutores nestas condições, sendo que três deles já tinham sido condenados por conduzirem embriagados. O caso mais grave, no entanto, diz respeito a um condutor que trabalhava com um nome falso. Segundo o PUC, o colaborador é um conhecido "criminoso condenado com registos frequentes de agressão".
A multa aplicada à Uber foi de 2.500 dólares por cada dia que cada um destes indivíduos trabalhou para a empresa. "Concluímos que a Uber tinha acesso a informações sobre os antecedentes destes colaboradores que os devia ter desqualificado legalmente", disse, em comunicado, Doug Dean, responsável máximo pela comissão.
Ataque Informático
A este caso junta-se um outro que foi noticiado esta terça-feira pela Bloomberg. De acordo com a agência noticiosa, a Uber foi alvo de um ataque informático em outubro de 2016, que resultou na exposição dos dados de 57 milhões de passageiros e motoristas. Note que a empresa não só optou por não revelar o incidente, como tentou encobri-lo.
A empresa já publicou um comunicado a explicar o sucedido e garante que os responsáveis envolvidos neste caso já foram despedidos.
No seguimento do ataque, que foi perpetrado com ransomware, a Uber efetuou um pagamento de 100 mil dólares aos seus autores, de forma a impedir a publicação dos dados online. Em comunicado, Dara Khosrowshahi, atual CEO da tecnológica, diz que "nada disto devia ter acontecido e nós não vamos inventar quaisquer desculpas para o justificar". "Estamos a mudar a forma como trabalhamos", conclui.
Mais importa dizer que os dados roubados incluíam nomes, emails e números de telefone.
Em consequência, a Uber já garantiu que reforçou a segurança dos dados que armazena nos seus sistemas.
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