Faz hoje um ano que a aplicação Stayaway Covid foi lançada oficialmente, aquela que pretendia ser uma ferramenta de combate à pandemia de COVID-19, mesmo perante um cenário de vacinação. Ao longo dos meses a aplicação foi perdendo o fulgor, e aos poucos sendo “esquecida”, sobretudo pelo Governo que deixou de a promover, ou pelo menos, como deveria ser. Estas são algumas das conclusões que a Associação D3 reuniu num seu relatório que assinala o aniversário da polémica aplicação.

O SAPO TEK pediu dados atualizados sobre a utilização da aplicação à INESC-TEC, responsável pela sua criação. Somando os downloads em iOS, Android e AppGallery, a app Stayaway Covid somou, até ao final de 2020, 2.903.742 downloads. E nos dados mais recentes, fechado no dia de ontem, 31 de agosto, foram descarregados 3.373.084 nas mesmas plataformas. A INESC-TEC estima que atualmente estejam ativas cerca de 20% das aplicações descarregadas, referiu a fonte oficial ao SAPO TEK. Já o número dos registos de utilizadores infetados na aplicação ficou-se pelas 3.137.

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Questionada se considera que a aplicação tenha sido abandonada pelo Governo e o que seria necessário fazer para que a app voltasse a ser adotada pelos portugueses, considerando o panorama atual de haver casos de infeções e mortes, mesmo com grande parte da população vacinada, a INESC-TEC diz que os objetivos definidos no início do lançamento não foram alterados.

“O sistema foi desenvolvido com grande rigor em termos funcionais e não-funcionais (segurança, privacidade, confiabilidade) por uma equipa multidisciplinar (informáticos, médicos, psicólogos, juristas, etc.) internacional; foi lançado a nível nacional em estreita colaboração e coordenação com os Ministério da Saúde assegurando a constante informação e apoio aos utilizadores, e a manutenção e evolução do sistema garantida desde o dia do lançamento”, salientou a tecnológica.

Nesse sentido, a INESC-TEC reafirma que de um ponto de vista técnico, o sistema encontra-se em funcionamento tal como há um ano atrás, “cumprindo todos os requisitos funcionais e não funcionais”.

Apesar das críticas feitas à aplicação, ao seu desenvolvimento e manutenção durante todo este ano, segundo o relatório da Associação D3, a INESC -TEC continua convicta de que a aplicação continuará a ser um instrumento indispensável, no rastreio digital de contactos de portadores de doenças infectocontagiosas. “Do ponto de vista da saúde pública, representa uma inovação há muito almejada e que reforça, complementarmente, os métodos e meios existentes”.

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Explica ainda que a app Stayaway Covid assenta num algoritmo distribuído “que do ponto de vista de desempenho e escalabilidade se considera ótimo e estabelece um compromisso entre utilidade e segurança/privacidade que é o mais adequado à sociedade atual e ao seu nível de literacia digital”. Quanto ao seu futuro, espera que este equilíbrio, assim como outros avanços tecnológicos para a estimação de “contactos de risco” possam permitir melhorar a sua eficácia e utilização em outros cenários diversos.

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