O número de casos de infeção com o novo coronavírus continua a aumentar e nos últimos dias estiveram sucessivamente acima dos mil casos positivos. Desde o início da pandemia, as autoridades de saúde nacionais confirmaram um total de 2.094 óbitos e 87.913 infeções pelo novo coronavírus e o Governo quer que a aplicação STAYAWAY COVID que foi desenvolvida pelo INESC TEC para ser um instrumento de ajuda à quebra de cadeias de contágio seja mais utilizada.
“É importante tudo o que possamos fazer para agilizar a utilização” da aplicação, afirmou Luís Goes Pinheiro, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, durante a conferência de imprensa de balanço da pandemia de Covid-19.
A aplicação já foi descarregada mais de 1,4 milhões de vezes, mas a utilização dos códigos por parte dos utilizadores que são testados positivo à COVID tem sido reduzida, sendo que os últimos dados apontam para a utilização de 116 códigos. O SAPO TEK tem questionado as várias entidades sobre a emissão dos códigos e esta semana o Expresso noticiava que só foram gerados 430 códigos para utilização na app até 8 de outubro.
O Ministério da Saúde quer, por isso, intensificar a formação dos médicos que geram os códigos que depois são introduzidos na aplicação. “Esta semana haverá um webinar e outras operações para garantir que não haja nenhum operacional que não conheça as funções que deve executar”, concluiu Luís Goes Pinheiro.
Em conferência, o presidente da SPMS afirma porém que a utilização dos códigos está “em linha com outros países europeus” e refere os exemplos de outros países.
“A Áustria ronda os 900 mil downloads e teve 56 códigos carregados, Itália tem mais sete milhões de downloads e 257 códigos carregados, Finlândia que começou mais ou menos na altura que Portugal começou, tem 2,3 milhões de downloads e 158 códigos carregados”, sublinha.
Utilização voluntária dos códigos e a possibilidade de upgrade
Mesmo com a emissão de mais códigos não há garantias de que todos sejam usados na aplicação, já que os utilizadores têm a possibilidade de não o fazerem.
“Esta é uma aplicação que assenta na liberdade de descarregar, de usar, de inserir o código que é gerado e de contactar o SNS24 se for considerado contacto de alto risco. No entanto, é importante que tudo o que podemos fazer para agilizar a app será bem-vindo”, defende Luís Goes Pinheiro.
Está ainda a ser estudada a possibilidade de fazer upgrades na aplicação, em sintonia com a Comissão Nacional de Proteção de Dados, como adiantou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
“Como sabemos esta é uma app que teve uma grande preocupação com o respeito dos dados pessoais. Dentro desse quadro legal vamos tentar criar condições para agilizar algumas situações relacionadas com a app”, afirmou Luís Goes Pinheiro.
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