Desde a sua chegada a Portugal, em 2014, que a Uber enfrentou uma oposição acérrima por parte do sector dos táxis que acusam o serviço digital de transporte individual de concorrência ilegal.
Agora, em vésperas da votação pelos deputados da Comissão de Economia, o diretor-geral da Uber para Portugal e Espanha, Rui Bento, em entrevista ao DN, mostra-se confiante num acordo alargado entre os vários grupos parlamentares para que a nova lei entre em vigor rapidamente.
Num processo que se arrasta há mais de um ano, amanhã serão votadas na especialidade as três propostas para o novo regime jurídico do transporte de passageiros em automóveis ligeiros descaracterizados e que partiram do Governo, do Bloco de Esquerda e do PSD.
Desta reunião, sairá a redação final da lei para ser submetida à aprovação na generalidade, a qual poderá acontecer a 2 de março. Depois da sua atividade ser considerada ilegal pelo Tribunal de Relação de Lisboa, em dezembro do ano passado, a Uber poderá ver brevemente o seu funcionamento regulamentado.
Rui Bento acredita numa votação que acabará por ser positiva tanto para as empresas como para a Uber. “Espero que se chegue a essa conclusão de um quadro funcional para as cidades portuguesas”.
O responsável também se mostra otimista na relação com os taxistas, afirmando há “uma convivência cada vez mais sã, conforme as pessoas vêem a Uber como uma presença natural nas cidades”.
Um estudo da Deloitte revelou o impacto económico da Uber em Lisboa, contribuindo com cerca de 2% de crescimento do PIB e criando 500 empresas parceiras, além de uma melhoria na mobilidade, com 41% dos utilizadores a substituir carro próprio por Uber e 90 mil turistas/mês transportados.
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