Os smartphones otimizados e com características especiais focados nos videojogos são cada vez mais apetecíveis pelas fabricantes. Depois da Asus e Razer apresentarem recentemente as suas propostas, também a Huawei desenvolveu o Mate 20 X, a pensar neste segmento. Ainda assim, o Xiaomi Mi Black Shark foi durante muito tempo o mais poderoso dispositivo gaming, apenas destronado recentemente pelo ROG Phone da Asus, segundo o benchmark AnTuTu.

A fabricante chinesa já pensa no seu sucessor, batizado de Helo, e utiliza o mesmo Snapdragon 845 da Qualcomm, mas segue a tendência de otimização da refrigeração ao introduzir uma “câmara de vapor”, como os seus rivais. Mas a principal novidade é o aumento de RAM, dos 6 GB para 10 GB LPDDR4X a 1,866 MHz. O espaço de armazenamento também cresceu de 64 GB para 256 GB (UFS 2.1). O Engadget registou ainda uma atualização do tamanho do velho ecrã LCD para um AMOLED de 6,01 polegadas com uma resolução de 2160x1080.

O Helo tem uma bateria de 4.000 mAh, suportado por um carregador rápido Quick Charge 3.0. O smartphone mantém a mesma configuração de câmaras, uma dupla de 12 MP com uma abertura f/1.75 suportada por uma segunda lente de 20 MP; com uma câmara selfie de 20 MP f/2,2.

O smartphone apresenta luzes RGB, que os utilizadores podem configurar como entenderem, assim como o próprio logotipo, ainda que a publicação tenha denotado algumas limitações de cor na versão que testou. Sendo um smartphone para gaming, a Xiaomi reviu o respetivo controlador, que comunica por Bluetooth com o dispositivo. O periférico parece oferecer melhor controlo no seu analógico e gatilhos, mas ao mesmo tempo tapa menos área do ecrã de jogo.

Para já o Black Shark Helo apenas se encontra disponível na China, com o modelo de 6GB de RAM e 128 GB de armazenamento a custar cerca de 460 dólares. Mas a versão Sports Edition, com os 10 GB de RAM e 256 GB de armazenamento (e um controlador para o lado direito extra) custará cerca de 600 dólares quando chegar às lojas chinesas em dezembro.